Quando, em 1931, o Instituto de Investigação Social passou a ser dirigido por Max Horkheimer, iniciou-se na Alemanha o movimento que ficou conhecido como Escola de Francoforte, do qual ele foi um dos fundadores. Os seus trabalhos de investigação estendem-se aos domínios da filosofia, da sociologia e da psicologia, senda qutor de diversos e brilhantes ensaios. Ensinou em várias universidades europeias e também nos Estados Unidos onde estabeleceu em consequência do advento do nazismo no seu país natal.
As Origens da Filosofia Burguesa da História é um texto contemporâneo da sua nomeação como director daquele Instituto e apresenta-se como uma espécie de laboratório onde se revela a teoria crítica em plena formação. Defendendo que a reflexão sobre a História se insere ela própria na trama das relações históricas, Horkheimer reporta-se aqui a Maquiavel, Hobbes, aos grandes utopistas do Renascimento, a Vico e Hegel. A filiação ao materialismo histórico não impede que a sua abordagem do objecto histórico vá no sentido de encontrar aquilo que nele é único e essencial, sem cair na vontade redutora da sociologia do conhecimento. Para ele a filosofia não poderia reduzir-se à ideologia. A sua busca é antes um 'progresso na direcção da utopia', um percurso crítico no termo do qual se torna aparente que o caminho para a verdade faz parte da própria verdade.
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