Os Anglo-Saxões e o Inglês Antigo

Os Anglo-Saxões e o Inglês Antigo Victor Hugo da Silva


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Os Anglo-Saxões e o Inglês Antigo (História da Língua Inglesa #2)





No século XIX, uma importante descoberta nos estudos linguísticos revelou que a maioria das línguas da Europa e que muitas das faladas na Ásia Central eram descendentes de um único “tronco pré-histórico”, uma “Proto-linguagem” chamada de indo-europeia. Além disso, houve a identificação do proto-germânico e da subfamília germânica do indo-europeu. Seus membros modernos incluem africâner, holandês, inglês, frísio, alemão, alemão suíço, iídiche e todas as línguas que são amplamente denominadas escandinavas (Emonds & Faarlund, 2014).
O inglês, assim como o russo e o francês, pertence a uma grande família de línguas denominadas indo-européias. Estas, por sua vez, descendem do proto-indo-europeu. Já as línguas germânicas fazem parte do proto-germânico, um elo das línguas proto-indo-europeias. Dentro do proto-germânico existem vários dialetos (germânico oriental, ocidental e do norte), que, em algum momento, na noite dos tempos, transformaram-se nas línguas que conhecemos hoje. Algumas dessas variedades chegaram à Britânia junto com a migração dos povos germânicos. Foi desse caldeirão, formado de uma imensa variedade de dialetos combinados às línguas nativas, aquecido por série de acontecimentos históricos de tirar o fôlego, que surgiu o Inglês Antigo.
O inglês antigo surgiu do conjunto de variedades das línguas germânicas faladas pelos colonizadores. Além disso, houve mistura com o latim e com celta, introduzidos pelos eventos históricos mencionados. A gramática básica, a sintaxe e a pronúncia do inglês ainda hoje evidenciam a herança germânica da língua vinda de seus três grupos: germânico ocidental, incluindo inglês, alemão e holandês; Norte-germânico, incluindo dinamarquês, sueco, islandês, norueguês e faroense; e germânico oriental, compreendendo o, agora extinto, gótico.
Durante bastante tempo, na ilha era falada uma variedade britânico-celta, além do latim trazido pelo Império Romano, claro. Falar esta última língua dependia, como se pode prever, também de questões de cunho social e estava associado a determinadas profissões, a exemplo dos militares. Dessa forma, entre soldados, a língua praticada com frequência era mesmo o latim, algo extremamente útil, pois era preciso manter constante comunicação entre os militares a fim de agirem em comunhão, por assim dizer, durante suas longas missões e expedições desbravando cada canto do Império.

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