Os boêmios cívicos

Em 1951, de volta à Presidência da República, Getúlio Vargas criou uma pequena acessoria econômica para estudar os problemas mais prementes do país e pensar sua modernização conforme o modelo desenvolvimentista de industrialização e independência nacional. Formada por um punhado de técnicos, quase todos do Nordeste, a Acessoria Econômica era liderada pelo baiano Rômulo Almeida, egresso da Confederação Nacional da Indústria. O que de início parecia ser uma estratégia presencial para neutralizar os partidos e o Congresso, quem sabe até o Ministro da Fazenda, terminou dando notáveis resultados, pois aqueles jovens de 30-40 anos, que varavam madrugadas trabalhando no Palácio do Catete - e que logo seriam apelidados de "Boêmios cívicos" -, foram os idealizadores das instituições e empresas públicas que consolidaram o Estado brasileiro moderno.

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