Os chineses do chá e do café

Os chineses do chá e do café Marcos Arruda Raposo


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Os chineses do chá e do café


D. João VI quebra o monopólio chinês do chá




A presente obra não tem classificação fácil porque trata, em primeiro plano, de um episódio histórico, porém muito pouco explorado, envolvendo a migração de agricultores da China para o Brasil no início do século XIX.

No entanto, e paradoxalmente, o trabalho tem como fio condutor a história pessoal de um homem, de um determinado chinês.

Convém explicar como pode ser isso: nas duas décadas iniciais do 1800, o Brasil não passava de uma simples colônia de Portugal, ao passo que a China podia, com toda justiça, orgulhar-se de seu gigantesco produto nacional e do volume de suas exportações, calcadas principalmente nas manufaturas de seda, porcelana e chá. Este último, produzido com as folhas torradas da "camelia cinensis", constituía um fechado privilégio chinês, sendo o segredo de seu cultivo e processamento guardado a sete chaves pelo Império da China.

O presente trabalho aventura-se a mostrar como Portugal conseguiu, sem qualquer emprego de força, assenhorear-se desse precioso segredo e passar a produzir chá de boa qualidade no Brasil cerca de três décadas antes que os britânicos, empregando meios militares irresistíveis, lograssem levar o cultivo do chá para a Índia.

O relato que aqui se faz de como aconteceu o sorrateiro sucesso português caminha, porém, em paralelo com a história de um agricultor chinês, melhor, de um grupo de agricultores chineses que, embarcados em Macau por conta da Coroa lusa, atravessaram meio mundo e arribaram no Rio de Janeiro, trazendo as preciosas mudas e o conhecimento de como cultivar e processar a planta do chá. Ficaram alojados e desenvolveram seu trabalho tanto na Real Fazenda de Santa Cruz quanto no Real Jardim Botânico, ambos no Rio de Janeiro, porém, à medida que seus contratos fossem terminando, embrenharam-se nos matos, fizeram roças, depois fazendas, constituíram famílias e passaram a cultivar não mais o chá, porém o café, a rubra frutinha que manteria a economia brasileira à tona por cerca de um século.

Quantos foram esses chineses, quais os seus nomes, que resultados obtiveram e como desapareceram na voragem dos tempos, a ponto de, duzentos anos depois, quase nada se saber deles?

É sobre esse enigma que o Autor se debruça aqui, centrado na história pessoal de um determinado chinês que, por motivos facilmente compreensíveis, chamou sua atenção. Um personagem muito real a quem as autoridades de imigração deram o prosaico nome de João Antônio, e cuja trajetória é aqui relembrada.

História / História do Brasil

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