Os Clemente Pinto

O livro Os Clemente Pinto – Grandes Cafeicultores do Sertão do Leste Fluminense foi concebido e escrito após exaustiva pesquisa em diversos arquivos e outras fontes.
A abordagem foi feita de modo a retratar a trajetória de alguns membros da família Clemente Pinto, que estiveram envolvidos na economia cafeeira do Brasil no século XIX, do auge de sua produção no Estado do Rio de Janeiro ao seu total esgotamento, passando pela questão do trabalho escravo, na tentativa da introdução da mão de obra do imigrante europeu, e do empenho em levar a estrada de ferro até Cantagalo.
A obra permite que o leitor desvende as estratégias estabelecidas naquele tempo em que adolescentes portugueses, de origem muito modesta, chegados ao Brasil, e que inicialmente iam trabalhar no comércio, faziam fortuna, construíam palacetes, adquiriam títulos de nobreza e ofereciam a seus filhos instrução e educação refinada, vivendo como grandes senhores de terras e escravos.
O desaparecimento da cafeicultura no Rio de Janeiro, no século XIX, foi consequência de diversos fatores, entre eles, podemos destacar a praga da borboleta, que no ano de 1860 começou a atacar os cafeeiros, o esgotamento do solo, a falta de braços após o 13 de Maio de 1888 e o “encilhamento”, no início da República, quando claramente se verifica a falta de recursos financeiros para a lavoura. A partir de então, importantes fazendeiros, como os Clemente Pinto, que, começam a vender suas propriedades rurais e seus palacetes, pondo fim a economia cafeeira de todo o Estado do Rio de Janeiro, terminando, por assim dizer, um ciclo, o do café.

História