Sabe-se que, como as demais pessoas, o adolescente enfrentará
transformações, decisões, medos e angústias, e terá de produzir
respostas nesse processo de autoconstrução, já que o ser humano
dispõe de uma linguagem e estabelece, por meio dela, as conexões
entre o que percebe e o modo como irá agir para obter sua
satisfação.
A diferença está no fato de que o adolescente é precocemente convocado pelas exigências da
realidade e, nesse sentido, é pego de surpresa para produzir respostas que na maioria das
vezes não estão ao seu alcance.
O livro analisa, da Idade Média à Idade Contemporânea, o espaço destinado ao jovem
nas relações familiares e sociais e destaca as transformações que esse espaço sofreu a partir
do reconhecimento de que a adolescência é uma fase decisiva na construção da subjetividade
do indivíduo.