"A leitura de Os Desertos, de Marcos Samuel Costa, lança-me à violência que persegue os corpos despedaçados de um homem quando ama outro homem. A escrita dos poemas é uma experiência de insubmissão ao medo. Marcos ama, Marcos escreve. E uma cidade responde rasgando a pele dos homens que se amam: uma cidade cicatriz de muitas vizinhanças. Ainda assim, diante da pesada sombra, o poeta se reescreve e se reinventa. Ao amar um homem, "a terra como um beijo dentro da terra do corpo", a escrita do Marcos Samuel é a escrita e a escolha da vida. Entre os desertos compartilhados, entre a linguagem lançada, temos a chance de tecer um corpo mútuo, vivo e amante". (por Daniel da Rocha Leite)
Poemas, poesias