Os doze trabalhos de Hércules eram considerados a base da Paidéia (a formação do homem para a excelência). A criança e o jovem aprendiam a conhecê-los e praticá-los em cada uma de suas etapas; era uma proposta de luta e não de perfeição. Mas de que luta se tratava? Muito antes do advento da psicanálise, a sociedade helênica arcaica, herdeira das tradições mítico-religiosas do Egito antigo, já se concebia o homem como alguém portador de vícios e virtudes, mas não como alguém culpado, pecador e condenado a sofrer aqui na Terra (ao contrário do que fará mais tarde a tradição judaico-cristã-islâmica). As virtudes tinham como função principal governar os vícios e, portanto, a cada nova geração se colocava um imenso esforço educacional: nascer, viver e morrer com dignidade e formar o homem criador.
A presente obra é uma tentativa de resgatar, para a educação moderna, este imenso débito do nosso século.
Didáticos / Técnico / Contos / Filosofia / Religião e Espiritualidade / Psicologia / Poemas, poesias