OS IDIANTES

Eles estão por toda parte: no trabalho, na academia, nos shoppings, nas festas, nas escolas, nos condomínios, espalhados por todos os lugares. E agora, chegado o ano de 2033, eles estão prestes ao apogeu e domínio do mundo.

Eles são os Idiantes, os idiotas-arrogantes, aqueles que duvidam dos que fazem e são avessos ao ato de pensar. Muitos dirão que eles surgiram recentemente, em uma onda lunática. Mas não, eles sempre estiveram por aí. E foi nos idos de 2006 que o pai do nosso autor criou tal neologismo, que ganha vida na mente criativa e observadora de Eduardo Mello Guimarães. Primeiramente, foi lançado em 2010, e agora vem em uma edição renovada e atualizada pela Poligrafia Editora.

“Os Idiantes” é uma obra de ficção, porém inspirada em muito realismo e surrealismo. Para o doutor em filosofia e escritor Diogo Bogéa, que assina o prefácio, “Os Idiantes” é uma distopia e o grande mérito das distopias é colocar o teatro social do nosso tempo em uma lente de aumento, fazendo com que seus cenários e scripts cotidianos, despidos do mantosagrado do hábito, revelem seus traços bizarros, grotescos, trágicos e cômicos.

“O século XX teve suas grandes distopias. Aldous Huxley nos fala de uma sociedade hiper-tecnológica na qual a “soma” logrou eliminar todos os sentimentos “negativos” da humanidade. Seu aluno George Orwell, com “1984”, nos põe dentro das sufocantes fronteiras de um Estado totalitário paranoico ao qual absolutamente nada escapa. E agora, como seria a distopia do século XXI?”, lança a dúvida. Estaremos diante dela?

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