Ainda hoje, gays são vítimas de agressões verbais e físicas e chegam até a ser assassinados em virtude de sua orientação sexual. Só por serem gays são obrigados a se trancarem em armários porque a sociedade acha que o amor deles é ousado, maldito, clandestino. Gabrielli, a personagem principal, encara com normalidade a diversidade sexual e possui vários amigos gays e divertidos como Nuno, Thiago, Camillo e Felipe. Eles e muitos outros serão presentes e importantes em sua vida. Eram seus meninos perdidos, "espíritos livres que assim como os de Nietzsche foram criados em meio a muitos males como a doença, a solidão, o exílio, mas que são valentes confrades fantasmas". Ela e seus amigos inseparáveis buscam um lugar ao sol, onde seriam livres e onde ninguém os julgaria. Com boas doses de humor e romance, a autora também coloca em questão condições sociais precárias do país, desde o transporte público à como o sistema irracional do capitalismo afeta as pessoas. Conforme o tempo passa, Gabrielli tenta descobrir quem realmente é e pretende sair do armário para finalmente viver sua vida intensamente. Acompanhada de meninos tão perdidos quanto ela, terá que obter sua liberdade à força e criar poeticamente quem ela deve se tornar como pessoa.