Os narizes são vermelhos

O minúsculo alienígena com atitude, que fala sem parar, adora contar piadas e beber chocolate, voltou para o nariz de Alan Dingwall, onde fixara moradia há algum tempo. Alan está acampando com o amigo Victor. Deveria ser divertido, não? Mas não é, se a pessoa que fez o convite é Christopher, o novo namorado da sua mãe. E se você não é apreciador dos espaços abertos com insetos, cobras, pântanos e ursos, pior ainda. Alan, que não é o menino mais corajoso do planeta, preferiria mil vezes estar jogando o único jogo em que é realmente bom: baralho. E assim chegamos a Os narizes são vermelhos, terceiro título da série que marcou a estréia de Richard Scrimger na literatura infanto-juvenil e que começou com O nariz de Júpiter e O nariz aventureiro.

Além de inteligentes e muito engraçados, todos os livros têm um lado sério e analítico. Este, aliás, sempre foi um dos principais objetivos do autor que quis passar para os leitores uma bela lição sobre como vencer o medo, mas que em nenhum momento pensou em dispensar as boas gargalhadas que as histórias pudessem provocar. Enfim, trata-se de uma comédia deliciosa que o talento de Scrimger nunca permitiu que escorregasse para o artificial. Resultado? Sucesso estrondoso de vendas e diversos prêmios de importância internacional.

Os narizes são vermelhos, assim como O nariz de Júpiter e O nariz aventureiro, todos publicados pela Rocco Jovens Leitores, fazem parte da coleção Máquina de sonhar. Afinal se o não tivesse a capacidade de sonhar, jamais conseguiria ir além dele mesmo. E o que faz uma máquina de sonhar? Sonhos, ora. É, mas também faz livros. Livros que escondem tesouros sobre o comportamento humano. Até porque livros e sonhos...