OS USOS DA UNIVERSIDADE

A Multiversidade I e, agora também, a Multiversidade II, de Kerr, estão aqui entre nós, ao lado de outros modelos de universidades e instituições de educação superior com feições próprias, mas com a mesma inconsistência da experiência americana - um tanto disforme, com vários centros de poder, com várias fronteiras e limites imprecisos, abrangendo vários setores da sociedade, com várias almas ou princípios impulsionadores, toda uma complexidade de apoios incertos e buscando excelências em definição. Como no passado estão aí também velhas cobranças e pressões, agora mais intensas, algumas com novas roupagens, outras até diferentes, para que as universidades sejam: inovadoras; produzam ciência e tecnologias de ponta; produzam conhecimentos e de fronteira; atendam, se possível gratuitamente ou a baixo custo, a multidão crescente de jovens que vai chegando e formem técnicos e profissionais competentes, educadores em todos os níveis; implantem e garantam a educação continuada; planejem e modernizem a sua gestão; gastem pouco e aprendam a gerar recursos; pratiquem ações sociais e caritativas, entre outras. Tudo sem que se tenha ainda equacionado, no caso brasileiro, a sua base mínima institucional, financeira e autonômica.

Pedagogia