outono azul a sul

outono azul a sul calí boreaz


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outono azul a sul


[poesia]




é travessia, clandestinidade(s), a partir de um lugar de erro entre os dois lados do Atlântico.
desenhos de Edgar Duvivier e A. Martins-Ferreira. posfácio de João Almino. [caliboreaz.com]

calí boreaz nasceu e viveu em Portugal, passou pela Romênia e está atualmente no Rio de Janeiro.
'outono azul a sul', seu primeiro livro, é um roteiro poético de 8 anos do seu exílio — desejado — no Brasil, tendo como protagonistas o ser desenraizado, e por isso mais atento e disponível para o espanto, o artista traindo o burocrata, o amante que não consegue habitar o amor.

é autora também de 'tesserato', seu segundo livro de poesia, lançado em 2019/20 pela editora Caos & Letras no Brasil, e do conto 'islandeses', publicado na coleção Identidade vol. II pela Amazon Kindle em 2019.


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com a editora > editoraurutau.com.br/titulo/outono-azul-a-sul

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[ orelha do livro ]

"Entre Lisboa e Rio de Janeiro, desponta um novo canto, herdeiro do vento, do desconcerto e do lírico. Assim é a poesia de calí boreaz, geografia do tempo, em seu instante forte e delicado. Uma estreia vigorosa, uma noite que grita, para dizer o mínimo."
— Paula Fábrio
[Prêmio São Paulo de Literatura 2013]

"Belíssimo, outono azul a sul é como uma onda que nos arrasta desde a primeira linha até lugares impossíveis de prever. É tão raro encontrar um verdadeiro poeta."
— Ana Teresa Pereira
[Prêmio Oceanos 2017]

"Ao se dar a conhecer em versos de paixão precisa, calí boreaz é a poesia e nela aponta novos sentidos. Rosa dos ventos que, colhida de abismos marinhos, exala perfume de “maresia distante”. Seguimos viagem. No rumo ou à deriva, que importa se são seus versos a nos soprar as velas?"
— Francisco Azevedo
[autor de O arroz de Palma, Os novos moradores, Doce gabito]

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[ resenhas ]

— por Daniel Maia-Pinto Rodrigues, poeta português \ Porto, jan. 2019
in REVISTA INCOMUNIDADE

"Quando lemos um livro, é bem provável que nos apeteça encontrar qualquer coisa nunca antes escrita. E não a mesma sopa, onde as lamúrias e as satisfações são exactamente o mesmo, de tão caldeadas e requentadas de autor para autor. Será, talvez, mais fácil escrever assim, com as palavras já mornas e alinhavadas.

Para os leitores que não gostam dessa sopa de letras, dessa irmandade mal-amanhada, aparece outono azul a sul, de calí boreaz. Livro com uma criação própria, outono azul a sul dá-nos – além desse privilégio da criação genuína – a ler imagens de belo recorte, ou de recorte belo. Insólito nas vezes suficientes, bem raciocinado, bem proporcionado em arrepios de quase agradáveis afastamentos, em amavios de luz e cor, leva-nos a fluir na leitura, a fluir e a divagar no tempo. Concorrem a isso filtros turquesa ou delíquios da cor entre as fracturas temporais; aprecio sobremaneira essa energia da calma que este livro reivindica.

O espaço geográfico é tenso; uma peculiar tensão enamorada do Vago. A identidade treme, então, na justa medida que ganha força. A mim parece-me que a autora leva essa força para a sua poesia, esse refúgio sereno do vento, onde as recordações e o oblívio ceiam à mesma mesa.

Ilustrações de elevado bom gosto acompanham o nível do livro.

Eu, velho marialva de títulos caducos, tenho vindo a rejuvenescer com a qualidade literária das recentes autoras. Eis, neste livro, um excelente exemplo dessa qualidade.

*
— por Cíntia Moscovich, escritora brasileira \ Porto Alegre, mar. 2019
in GAÚCHA ZH

"Lançado no final do ano passado em Portugal e no Brasil pela editora Urutau, o livro de poemas outono azul a sul marca a estreia de calí boreaz na literatura. Ilustrado por dois artistas plásticos, um brasileiro e um português, Edgar Duvivier e António Martins-Ferreira, o livro reúne — literalmente — o melhor de dois mundos.

Com poemas curtos ou muito curtos (como em avião: "na asa azul da saudade / de cá e de lá"), calí tem a brejeirice e a luz das praias cariocas aliadas a um profundo rigor lexical, com a elegância sempre tão cara aos autores lusos.

Nascida em Portugal, a autora decidiu aventurar-se pelo mundo, estudando tradução na Romênia e, depois, no Rio. Essa alma viajante, que ela revela na abertura do livro, resulta em belas e desconcertantes imagens ("converso com versos com o mar que mora entre o Rio de Janeiro e Lisboa, ambas cidades alaranjadas. De tanto olhar o mar, meus olhos se tornaram navios").

O mar, imagem recorrente, assume importância e movimentos diversos, como em marenitude: "moreno mar que me chamas, com sussurros mil / de sereias, à viagem descobridora, / como esquecer a delícia o espanto dessa / hora areia horizonte distante de / canela e caril").

Com um tom feminino — e o "feminino", aqui, quer dizer o aguçamento dos sentidos, um olhar atento e perspicaz, uma riqueza de sentimentos em que o materno e o fraterno se embaralham —, a poeta abraça uma temática reflexiva, sem abrir mão da ironia, como quando conta da noite em que escutava Cartola no Youtube e na qual pensou: "olha: estar convencida / de algo é grande coisa, / eu que, assim, nem convencida estou / de que viver é a coisa certa / a se fazer neste mundo".

Poeta vigorosa, que se esquiva do tom de lamúrias, optando por um texto em que prefere ser protagonista a testemunha, calí boreaz estreia em ótimas companhias. Seu outono azul a sul mereceu posfácio de João Almino, diplomata e imortal da Academia Brasileira de Letras, e orelha da escritora portuguesa Ana Teresa Pereira e dos escritores brasileiros Paula Fábrio e Francisco Azevedo. Bem-vinda a bordo, poeta."

*

— por Fernando Sousa Andrade, poeta e crítico literário brasileiro \ Rio de Janeiro, fev. 2019
in REVISTA MALLARMARGENS

"outono azul a sul de calí boreaz faz do fluxo cativante das palavras-fotos uma linha poética entre geografias do (perto-longe) afeto.

[...] A poeta calí boreaz, em seu primeiro livro de poemas, outono azul a sul (editora Urutau), estabelece deslizamentos entre posições não fixas de olhar o entorno. Se temos nossa memória como uma bagagem de mão, é quase como dizer que o lápis é seu gancho, sua força motriz para lembrar-escrever.

A poeta narra seus poemas sempre de um ponto flutuante do eu. Ela não está no norte em Portugal, sua latência poética talvez sim. Mas é como uma bagagem-câmera que calí traria para o sul, para a transfiguração dos quadros, para a mudança da paleta do outono de lá-saudade para o azul dos trópicos — para a poeta se colocar, não como pessoana, mas, sim, como Bergson; o filósofo já estudou o que faz o tempo com relação à personagenalidade, e nem aqui falo de máscaras muito matizadas pelo estudo do teatro.

calí não personifica o estar aqui na praia de Ipanema coletando rolleiflex emocionais de um pôr-do-sol no posto nove. Sua musicalidade é deslocante do ponto de vista da observação, como se o eu falasse — não de um observatório astronômico do tipo Palomar, em que Italo Calvino descreve em camadas a realidade das coisas em focos cada vez mais infinitesimais — mas, sim, de um falar-canção do próprio transcurso da poeta entre veia biográfica e mimetização do mundo circundante. Muito apegado a insights fotográficos que seriam quase corpos-de-filmar, momentos sensoriais cotidianos deslizando e deslocando seu corpo-câmera para relações espaciais entre lá-e-cá, o afeto na poeta não tem ponto nenhum de referência, ele é aglutinante de tudo que encontra e agarra-se para foco e espaço de afecção."


+ crítica ao livro:
> caliboreaz.com/p/critica.html

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Fernando Pessoa escreveu: “Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir. / Sentir tudo de todas as maneiras. / Sentir tudo excessivamente”. E como conceber Portugal sem seus eternos viajantes que se fazem presentes em tantos e tão variados pontos do globo a espalhar justamente o seu sentir tão peculiar e característico? Impossível. A Editora Urutau acaba de publicar uma coletânea de poemas muito interessante da senhora calí boreaz. O título da obra é “Outono azul a sul”. Sobre a jovem ... leia mais

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