Outono do meu tempo é um desses relicários que lemos com serenidade e melancolia. Tocados por uma força primitiva e terna que nos leva a deambularmos pelas paisagens emocionais que o cronista Joel Gehlen edifica,a pedra e cal, como se construísse imagens de um cinema impressionista. São palavras tocadas pela alma escrita que a tudo embebe com suas folhas leves e ondulantes,seja a visitação de um bar de arrabalde, seja a vivência de pessoas que sobrevivem e, apesar dos pesos e das penas, são iniciadas na arte ancestral da vida.