Palafitas

Palafitas Luiza Cantanhêde


Compartilhe


Palafitas





Luiza Cantanhêde demonstra já na abertura de sua obra que veio para viver entre os vassalos, para retirar poesia não do lirismo e da segregação, mas para inundar-se no vasto campo dos amantes, dos noturnos, dos libertinos.
A poeta denomina-se como apreciadora da poesia do povo, aquela se esconde entre as turbulências e conflitos de uma vasta multidão que se esparrama pela indomável noite, em “não sei versar para a realeza, / gosto mesmo é de rimar com os vassalos. / Sentar-me com palavras / que se arrastam pelo chão; que caminham de pés descalços, que / residem nos guetos...”
A poesia de Luiza aproxima-se da prosa, com orações subordinadas, mas que não dispensam a força das metáforas ou da personificação. A poeta joga com fortes palavras, como “lixo” e “lama” para intensificar sua declaração de que é uma poeta do não dito, do não embelezado, mas que contraditoriamente, a própria poesia reside no confronto dos sentimentos ambíguos, daquilo que não é consciente, como a solidão, que embora não traga consigo o encantamento da lírica, carrega em si a poesia da lamentação e do questionamento, “ Esta poeta que sobrevive / em mim, anda por sobre / brasas com a ilusão de que / as cinzas da solidão não / queimam”.
O leitor irá se identificar com os enigmas referentes aos sentimentos humanos, que às vezes são urgentes e confusos como a ebriedade do álcool, mas que mesmo assim, acolhem e sustentam os sentimentos mais profundos e por isto mesmo poéticos.

Poemas, poesias

Edições (1)

ver mais
Palafitas

Similares


Estatísticas

Desejam
Informações não disponíveis
Trocam
Informações não disponíveis
Avaliações 4.0 / 2
5
ranking 0
0%
4
ranking 100
100%
3
ranking 0
0%
2
ranking 0
0%
1
ranking 0
0%

25%

75%

Penalux
cadastrou em:
07/11/2017 12:23:42

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR