"Com Papéis de parede, inclui-se novamente André Dick na comunidade dos poetas congregados pelo ato de dizer, comunidade simbólica em que Ocidente e Oriente, Próximo e Distante gravam, na página, a suavidade da palavra que (sendo traço, sinal ou marca), confessa, silenciosamente, a decifração do mundo. Distingue-se, no entanto, André desta constelação (imagem que lhe é tão cara), pelo trato com as formas de linguagem. Nos bastidores de sua criação poética, tece e retece fios de leituras outras por ele homenageadas de modo singular: conclama-as no ponto de origem, de sua escritura, na matriz do poema que reescreverá, transfigurando nomes, lugares, momentos, espaços, nações. Relocalizar a paisagem e torná-la geografia da alma que surpreende o leitor pela experiência do impalpável, do invisível e do inaudível, eis o gesto maior da poesia de André Dick." (Maria Luiza Berwanger da Silva)
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