O trabalho da professora Leila, com quem desfrutei de diálogo e de mútuo aprendizado, é um marco de lucidez teórica vincada por uma legitimidade de práxis comprometida com o sentido que critica o surgimento de uma espécie de "paternidade líquida" na contemporaneidade. Põe em cena, em suma, numa expressão, as necessidades de limites. O texto que temos em mãos toma partido: volta-se contra desmesurada compreensão da filiação como via simplesmente eletiva, e sem, obviamente , retomar o pretérito como espelho do presente, trata de uma amputação que está em curso: a paternidade pode estar sendo atirada para fora da história familiar, consumindo-se no deletar dos álbuns de família.