Patuá

O livro Patuá, de Rosane Viana Jovelino, tem ilustrações de Fábio Haendel, prefácio de Ana Paula Bouzas e apresentação de Cléia Costa dos Santos, além de referências e agradecimentos a tantas e tantos, visíveis e encantados, que teceram esta teia de afetos.
Sim, mais que um livro físico, nos moldes convencionais, com capa, textos, sumário, numeração de páginas, editoração, correção ortográfica etc, este livro existiu bem antes de se tornar palpável.
É a tessitura - tanto de notas vocais humanas e espirituais-, e a tecitura – esta, do tecer e entrelaçar os fios poéticos e as linhas invisíveis que amarram cada página, poema, capa, e as partes não vistas desta obra. O conjunto dessas duas construções, paralelas e entrelaçadas, formam ao que se convenciona chamar de livro.
Mas além dos olhos, dos sentidos humanos, outros sentidos estão intrínsecos em Patuá. São as crenças, a fé, todas as experiências de divindades ancestrais que acompanharam e seguem na proteção das filhas e filhos de África nas diversas diásporas. E tentar descrever a alma desta obra é tentar conter os oceanos de conhecimentos de cada frase, cada segredo guardado nos parágrafos.
O melhor é mergulhar e sentir, o que for permitido, para cada leitor.

Valdeck Almeida de Jesus
Poeta, Escritor e Jornalista

Poemas, poesias