Pé de Pilão

Pé de Pilão Mario Quintana


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Pé de Pilão





Cem anos passarinhando Expressões complexas na ficção e na poesia existem desde sempre, em todos os idiomas. No entanto, diversos escritores preferem soluções mais diretas, sem prejuízo da qualidade. A produção poética de Mario Quintana enquadra-se de forma exemplar nessa segunda vertente. O poeta completaria 100 anos neste ano e vem sendo homenageado das mais diversas maneiras em todo o país. Nascido em Alegrete (RS), em 30 de julho de 1906, Quintana foi um mestre da sensibilidade. Era capaz de observar e extrair matéria poética de onde pouco se esperaria colher bons frutos e soluções encantadoras: objetos, animais, sentimentos e sensações triviais. O humor é outro traço indissociável de sua produção. Sempre viveu da produção literária, ou seja, de escrever. Chegou a trabalhar como prático de farmácia, mas as palavras eram sua vocação. Aos 19 anos, ingressou na Livraria da Editora Globo, em Porto Alegre, uma das instituições mais importantes na história do mercado de livros do Brasil. Em seguida, iniciou no Estado do Rio Grande a carreira jornalística. Em 1930, militou como soldado durante a Revolução Constitucionalista, defendendo as idéias do conterrâneo Getúlio Vargas na então capital federal, o Rio de Janeiro. Atuou em outros gêneros além da poesia - como a crônica - e teve bastante reconhecimento como tradutor, sendo responsável pela edição brasileira de autores como Voltaire, Virginia Woolf e Marcel Proust. Em 1975 publicou o poema infantil Pé de Pilão. Recebeu três indicações para uma cadeira da Academia Brasileira de Letras, porém não obteve sucesso. Desiludido, retrucou em versos às sucessivas recusas à sua indicação para a prestigiada entidade, compondo o irreverente e famoso Poeminha do Contra. Nele, escreveu: Todos esses que aí estão atravancando meu caminho, eles passarão... eu passarinho! Uma verdadeira legião de grandes autores admirou a poesia de Mario Quintana, desde Monteiro Lobato, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Vinicius de Moraes e João Cabral de Melo Neto, até, mais recentemente, Paulo Leminski. Publicou várias obras inesquecíveis, entre elas A rua dos cataventos, O aprendiz de feiticeiro, Do Caderno H e Esconderijos do tempo. Mario de Miranda Quintana, nome de batismo do poeta, morreu em Porto Alegre em 5 de maio de 1994, deixando sua biografia em versos, já que quando questionado sobre sua vida, costumava dizer: "meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão"

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on 15/7/20


Literatura infantil, com a história nonsense de um menino que vira pato e se mete num quiprocó de encontros e revelações surreais. É instigante a poesia de rima fácil, mas ô historinha de loucura sem encantos de leitura gostosa! Restou apenas a aprendizagem de duas palavras que não conhecia: engulho e relambória. Esta última foi até cogitada pelo poeta como percepção final da obra, também espiritualista. Legal para quem gostou e um adeus deste que a detestou. Leitura na quarente... leia mais

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Desejam8
Trocam1
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Pedroso.Gessy
cadastrou em:
21/01/2013 12:58:19

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