Pelo sim, pelo não é, literalmente, uma viagem, cujo roteiro nos proporciona momentos variados de prazer. Às vezes, uma surpresa (como o diálogo com o príncipe William), outras, um enternecimento (O gago e a freira). De vez em quando, versos com rima rica "... vejo as estrelas | são tão belas. | Formam teias, | fazem telas. | Quero tê-las, | mas que ideia." Outras vezes, apenas uma definição: "Cidade pequena é aquela que tem uma rua principal." Com uma frase, Luiz Eduardo consegue contar uma história. E em três páginas, descreve uma cena (O corretor polonês). A sua habilidade em captar situações que nos passam desapercebidas provoca momentos de riso e de reflexões. Pelo sim, pelo não, Luiz Eduardo é um poeta criterioso. Um poeta que conta ótimas histórias e sabe brincar com as palavras. Escreve no papel em branco como se bordasse uma toalha de linho. Usa as letras como se fossem linhas de bordado. Às vezes, simplesmente um ponto de contorno. Outras, um trabalho de ponto de cruz. Em seu primeiro livro, Luiz Eduardo consegue com as palavras e com as linhas tecer uma teia e nos envolver, a nós, seus leitores, entre surpresos e admirados.