Pequena Anatomia da Imagem

Pequena Anatomia da Imagem Hans Bellmer


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Pequena Anatomia da Imagem





em “pequena anatomia da imagem”, ensaio do artista sobre as imagens do corpo humano é acompanhado de desenhos de sua autoria. o artista alemão (1902-1975), deu início à redação de “pequena anatomia da imagem” em 1941, depois de sua prisão na frança durante a segunda guerra, onde começou a criar desenhos anatômicos, motivos de corrosão, objetos e decomposição corporal. “o corpo é comparável a uma frase que convidaria você a desarticulá-la, para que se recomponham, mediante uma série de anagramas sem fim, seus verdadeiros conteúdos”, escreve bellmer no livro, publicado originalmente em edição francesa em 1957. a publicação das edições 100/cabeças que chega às livrarias é complementada pelo caderno de notas e imagens de um corpo no abismo, onde marcus rogério salgado, responsável pela revisão técnica e pela tradução em parceria com graziela dantas, comenta as escolhas realizadas durante o processo, tendo como base os originais em francês e alemão.

“traduzir pequena anatomia da imagem foi um desafio e tanto. o modo como a palavra poética e palavra pensante se imbricam no texto fazia com que cada termo a ser traduzido fosse medido, pesado, refletido pelos tradutores. foi mais do que traduzir, foi quase um ato de amor. sobretudo no sentido em que, como na arte amatória, a posse do objeto amado sempre se recusava a uma captura definitiva ou minimamente próxima disso”, destaca salgado. no livro, o artista desenvolve temas presentes em sua obra, dedicada aos estudos do corpo e da “mecânica do desejo”, onde desenvolve “sua concepção do corpo feminino como uma metamorfose infinita de formas”. “bellmer cria mulheres imaginárias, figuras híbridas que podem ser ora monstruosas, ora provenientes da vertigem provocada pela ‘beleza convulsiva’”, observa alex januário na breve cronologia da vida e obra de hans bellmer que acompanha esta edição. “o segredo da representação anatômica seria o de empreender uma energia

contraditória compatível a um desejo que, como ela, destrói seu objeto para, como ela, reconstruí-lo, mas ao sabor de sua fantasia”, observou annie le brun sobre o livro de bellmer. em uma carta escrita em 1964, o artista afirma que esse ensaio trabalha com duas ideias. em relação à anatomia do inconsciente físico, seu objetivo é “difundir diante do leitor a existência de uma anatomia do corpo puramente subjetiva, imaginária e que encontra do que se alimentar em estados febris e, muitas vezes psicopatológicos, incluindo o delírio sexual”.

sobre a anatomia da imagem, o autor apresenta “uma análise seguida de uma síntese da expressão humana em todas as suas formas, o processo de formação da imagem poética”.

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