Perdi a cabeça

Perdi a cabeça Nancy de Lustoza Barros e Hirsch


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Perdi a cabeça





Quando o jovem médico Vinícius Avoeiros Bogado desembarca no Aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro, sua intenção é resolver rapidamente um assunto e retornar para a vida pacata que escolheu no interior da Escócia. Ele atende ao chamado de seu tio-avô, que insiste em fazê-lo voltar ao Brasil para tomar conta do hospital da família numerosa. Vinícius pretende, educadamente, recusar a honraria. Porém, ao subir a serra Petropolitana e chegar em Outeiro Santo, cidade fundada por um antepassado próspero, um drama de proporções desconhecidas o envolve. A volta para Mallaig terá que ser adiada. Sua irmã mais nova, Scarlet, está, mais uma vez, metida em confusões e até a polícia a quer interrogar. Apelidada de Letie, a garota e seu grupo de amigas, suspeitamente chamadas de “As Frenéticas”, podem ser acusadas de espionagem industrial, além de direção imprudente. Fato ou não, as seis meninas se recusam a abrir a boca e tornam suas próprias vidas mais difíceis. Elas dispensam as ofertas de ajuda que Vinícius faz, para desespero do rapaz. Poli Benaventes, uma hóspede na casa dos Avoeiros Bogado, passa de observadora a agente do enredo e Vinícius não consegue entender o silêncio que ela partilha com sua irmã. Entre irritado e intrigado com os belos olhos da moça, Vinícius desconfia que ela guarde mais do que um só segredo.

“Dante insiste que eu olhe primeiro Regiane Avoeiros Bogado de Brito. O cabelo liso castanho-claro bastante comprido me faz lembrar logo dela. Quando saí do Brasil cinco anos atrás essas meninas tinham uns treze, desengonçadas, sem saber ainda se eram mulheres ou crianças. Andavam juntas desde pequenas e o comportamento era de caterva. Brigavam, cantavam. Risos estridentes e choro idem. Meu pai, Henrique Luiz Avoeiros Bogado, mais conhecido como Abê, é o administrador do haras da família e sempre moramos na fazenda. Elas infernizavam o pessoal das baias com pedidos sobre os cavalos: sela, escova, dá banho, faz trança, desfaz a trança, põe coberta, tira coberta... Numa casa onde éramos no mínimo doze ter mais aquelas adições era um caos. Imagine meu alívio quando entrei para a universidade no Rio e depois embarquei para a universidade em Dundee na Escócia. Enfim, só!”

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10 CONSIDERAÇÕES SOBRE PERDI A CABEÇA, DE NANCY DE LUSTOZA BARROS E HIRSCH
on 18/7/19


1 - Enquanto romance burguês - e tem aparecido alguns - Perdi a cabeça procura desempenhar determinado papel, enquanto, assim como parece o Brasil, joga-se num passado mítico e de um recorte bastante específico que acaba isolado numa bolha ínfima e privilegiada dentro de um todo, maior e mais complexo, de modo que o romance soa nostálgico, isso no conceito problemático de nostalgia; 2 - Tal mergulho no tempo é feito , diga-se, com bastante sinceridade, pois a autor deixa claro em no... leia mais

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douglaseralldo
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18/07/2019 11:07:53

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