Pixação em São Paulo

Pixação em São Paulo Igor Albuquerque


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Pixação em São Paulo


Território e relações de poder na metrópole




Para além do círculo interno dos pixadores, o significado dessa prática que mistura política, diversão, adrenalina e contravenção.

Estamos tratando de cultura de rua, de maloqueiragem, de sagacidade e contestação. Depois de certos fatos, entre acertos e erros, os pixadores evoluíram tudo isso. Hoje a disposição da pixação está presente em muitos lugares, em muitos holofotes comerciais, estéticos e artísticos.

Tarefa complicada essa de, além de entender e dar sentido a esse mundo doido, que nos cerca, expressá-lo. É com flow e ginga que o Igor abraçou essa missão nesse livro, e você tem em mãos o resultado disso. Fruto, mais do que de sua pesquisa de trabalho de conclusão de curso, de sua caminhada pelo mundo, pelas cidades, por São Paulo. O livro expressa um pouco da vida que as tintas nos muros carregam. Vida que muitas vezes se equilibra numa pulsão de morte, mas ainda é viva e pulsa.

Por meio das letras, dos traços, da visibilidade e da dificuldade dos “picos” pixados, os pixadores expressam por meio da pixação seu entendimento do mundo, sua crítica, se comunicam entre si, brilham no anonimato externo alimentado pela dinâmica interna do movimento. E é por meio de palavras, pontuações, períodos e orações que esse texto expressa, nesse livro, o que é possível se compreender do entendimento de mundo, da crítica e da comunicação de pixadores pelas ruas de São Paulo.

É como na música de Black Alien, por meio de uma “Habilidade natural de lapidar ideias que saem da […] mente como zangões zangados de minha colmeia” que o Igor nesse texto retrata o movimento do poder nas disputas que acontecem na cidade como campo simbólico e prático de territorializações, enraizamentos do poder no espaço, marcas de uma reflexão geográfica sobre a realidade.

De início é apresentada a pixação e seu berço, São Paulo. Um contexto espacial de violência institucional e não institucional gratuita, de opressão que se manifesta por meio dos tons e traços da e na cidade, carregando para formas alternativas de expressão do ser. Os primeiros capítulos revelam a pesquisa feita pelo autor e sua interpretação desses fatos. A segunda parte da obra agrega o empírico, os dados coletados, os materiais observados do pixo pelos pixadores por meio de entrevistas e questionários.

Entender e expressar para além do círculo interno dos pixadores, mas também para ele, o significado dessa prática que mistura política, diversão, adrenalina e contravenção é um ponto forte do livro. Que a seu favor tem também a estilística, então: boa leitura a todas e todos!

Política / Sociologia

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