Contando com 38 poesias rimadas no estilo da escola ultrarromântica, o autor busca uma nova síntese para o romantismo brasileiro. Entre a beleza e o horror, a distância e a realização, o amor ainda se coloca como o mal do século, regando as imaginações lúdicas dos seres humanos.
Mata-me pelas beiras!
Tu sabes, sofro de antecipação
Como cultivar, pelas eiras
Um amor novo, de coração
Que tal se eu te penetrar o âmago
Fizer o que ninguém fez
Ser para ti uma espécie de mago
Aliviar a tua tez
Se nessa jornada algo não quis
Foi que tu te reduzisse a uma miss
Mas que nos teus olhos houvesse
Uma razão de ser, uma messe
Querer-te é um eterno querer
Transfigurado, vital, de Mesmer
Ou de outro filósofo qualquer
E o que mata, querida
É que nem sabes disso
E que melhor é me fazer omisso