Por uma estética trágica: os desdobramentos do feminino na poesia de Florbela Espanca

Por uma estética trágica: os desdobramentos do feminino na poesia de Florbela Espanca Michele Vasconcelos Oliveira do Nascimento


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Por uma estética trágica: os desdobramentos do feminino na poesia de Florbela Espanca





Somos cúmplices, a Michelle e eu própria; sinais da nossa cumplicidade, feita de muitas nuances, de muitas idiossincrasias e alimentada na mais pura das qualidades – a verdade; e à verdade soubemos antepor a liberdade, com e sem maiúscula. A Liberdade que sabemos ser a razão da nossa luta. Homens e mulheres de letras sempre paladinos da Liberdade, ainda que nos exílios a que se vêem/viram forçados. Sempre mais alto, sempre mais além a nossa voz que se ouve tantas vezes mais forte quantas as vezes que são proferidas, repetidas, aqui e além, por ti, por mim. Conheci a Michelle faz já alguns anos e reconheci nela a “Mosqueteira”, aquela que mais tarde batalhava a meu lado para que os sonhos de quem ousou se concretizassem. Foi possível passar das palavras aos actos. Daí a epígrafe. Foi por sermos a materialização da sororidade que os nossos olhos viram a construção saindo dos andaimes que soubemos colocar para apoiar o levantar da edificação. A paixão da Michelle pelos livros não se quedava nesse plural. Era a poesia. Era a poeta. Era Florbela. Florbela Espanca. O grupo criado por Maria Lucia Dal Farra dava frutos e frutos em abundância.
Em rigor, parte do texto que nos oferece advém da Tese apresentada e defendida na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, na área disciplinar da Literatura Comparada – Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem. Em Abril de 2011, no dia 8, tão emblemático na vida da sua biografada Florbela, é-lhe atribuído o grau de Doutor, por um júri composto de renomados especialistas, a saber, para além da orientadora Maria de Lourdes Patrini-Charlon, Derivaldo dos Santos, Andrey Pereira de Oliveira, Carmen Marcelo e Maria Lúcia Dal Farra.
Releve-se, ainda, estarmos em presença de um texto solidamente ancorado em teóricos da área, cuja produção foi amplamente seleccionada pela autora e poderá servir de apoio a futuros trabalhos mais especializados num ou outro aspecto. Fruto de uma metodologia exemplar, a planificação e subdivisões estão muito bem conseguidas e concorrem para que uma leitura mais reflexiva possa ser acompanhada de pausas cujas balizas estão devidamente carreadas. Por último, mas não de somenos, refira-se que a revisão cuidada, aliada a uma expressão fluente e rica, proporciona uma leitura instrutiva e aprazível, o que coloca Michelle Vasconcelos na linha da frente no que à escrita e crítica contemporânea florbeliana diz respeito. (Prefácio: Isabel Lousada)

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