A obra compõe-se de ensaios em que o tema central é a educação tomada como uma questão filosófica fundamental. Para o autor, a educação como problema de preocupação filosófica deve anteceder toda e qualquer preocupação com programas ou disciplinas. Partindo de uma crítica contundente à visão autoritária das teorias filosóficas e educacionais de cunho metafísico e tendo por referência algumas contribuições importantes do pragmatismo e da teoria crítica, Dalbosco propõe um trabalho teórico e crítico sobre a prática pedagógica e seus pressupostos como condição para o desenvolvimento de uma educação crítica e transformadora. Buscando sustentação em teóricos como Rousseau, Kant, Mead, Dewey, Adorno e Habermas, o autor articula as imbricações que existem entre teorias pedagógicas, teorias filosóficas e práticas de ensino. Em síntese, a tese que perpassa toda obra é que a pedagogia, para ser emancipadora, não pode deixar de ser um exercício filosófico.