O livro estrutura-se em sete capítulos, onde o primeiro e o segundo explicitam as características do autor no contexto histórico e teórico que o influenciou – Guerra Fria, os “Trinta Gloriosos Franceses”, fenomenologia, estruturalismo, as formulações de Marx, Weber e Durkheim -, seu método – o estruturalismo construtivista ou construtivismo estruturalista - e sua concepção de sociologia, para o qual esta deve ser “libertadora”, descrevendo a lógica de funcionamento social de modo a fornecer os instrumentos de compreensão do mundo social que permitirão aos agentes sociais lutar contra todas as formas de dominação. O terceiro e o quarto discorrem sobre seus conceitos centrais – habitus, dominação simbólica, capital (econômico, social, cultural e simbólico), campos sociais e violência simbólica, de modo a descrever e explicar as lógicas de funcionamento da sociedade e as práticas dos agentes; e os últimos debruçam-se sobre a pertinência do seu método e hipóteses no estudo da cultura, da escola e dos temas abordados pelos autores que partilham sua abordagem, além das críticas a ele inferidas, sobretudo no que se refere a um suposto determinismo que esvazia o agente de possibilidades de subversão do seu lugar social.