Coletânea de contos com variados temas e formas, Primeiro Andar marcou a estreia de Mário de Andrade como contista. Originalmente publicada em 1926, pela Casa Editora Antônio Tisi, também teve edições em volumes acompanhados de outros textos. Neste volume é a verdadeira segunda edição, "quase um livro novo". A apuração em parceria com o Instituto de Estudos Brasileiros da USP teve o intuito de cumprir o plano do autor, de acordo com manuscritos das edições anotadas por ele. Da primeira, ficaram apenas alguns contos, e são incluídos outros textos, alguns posteriores à data da publicação original. O livro mostra o progressivo avanço estético da prosa do autor. Aos poucos, a linguagem erudita do narrador e a oralidade dos personagens se confundem, até a fusão radical que alcançaria no romance Macunaíma. Rico em referências literárias, modos de narrar e temática, Primeiro Andar é a porta de entrada pra a prosa do mais inquieto dos modernistas.
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