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"A idéia tão ingênua de fazer máquinas e computadores cada vez mais parecidos com o homem quando, na verdade, o que se procura, o que desejam que eu encontre, é o oposto: que os homens se pareçam cada vez mais com as máquinas. Que pensem de forma sequencial, linear e apenas em uma coisa. Que não se distraiam pensando na ordem que recebem, e sim que apenas obedeçam a essa ordem." (Rodrigo Fresán, O fundo do céu) "De todas as formas de medo, o ser humano criou poucas tão eficazes como a de um telefone tocando no meio da noite." (Rodrigo Fresán, O fundo do céu) "Durante dez anos vivi emancipado do sentido da propriedade, da profissão, da família, do domicílio e viajei pelo mundo com uma maleta cheia de livros, uma máquina de escrever e um toca-discos portátil. Mas era vulnerável e cedi a sortilégios tão antigos como a mulher, o lar, o trabalho, os bens. Foi assim que criei raízes, escolhi um lugar, ocupei-o e comecei a povoá-lo de objetos e de presenças. Primeiro alguém a quem querer, depois algo que este ser quisesse, depois os utensílios adequados: uma cama, uma cadeira, um quadro, um filho. Mas era só o começo, pois todos fomos coletores, depois nos tornamos colecionadores e acabamos sendo um elo a mais na corrente infinita dos consumidores. De modo que, quando já estamos usados, gastos demais para poder aproveitar, a gente se vê circunscrito pelas coisas. Livros que não queremos ler, discos que não temos tempo de escutar, cigarros que nos proibiram de fumar, mulheres que não temos força para amar, lembranças que não temos vontade de consultar, amigos a quem não há nada a perguntar e experiências que não podemos aproveitar. O tardio, o supérfluo, o que antigamente era cobiçado, se amontoa à nossa volta, se organiza no que poderíamos chamar de uma casa, mas quando já estamos nos despedindo de tudo, pois esta vida acumulativa termina por edificar-se em umbral de nossa morte." - Julio Ramón Ribeyro, Prosas apátridas 89 "Había que llamar a la funeraria para comprar el ataúd. Y a los diarios para dictar las esquelas. Dos tareas elementales, inconcebibles. Tan íntimas, tan lejanas. Comprar el ataúd y dictar las esquelas. Nadie te enseña esas cosas. A enfermar, a cuidar, a desahuciar, a despedir, a velar, a enterrar, a cremar. Me pregunto qué mierda nos enseñan." Andrés Neuman (Hablar solos) "Digo verão porque é preciso dar um nome às coisas. Nesta terra todos os meses são iguais: pode ser que numa época tenha mais névoa e em outra o sol esquente mais. Mas, no fundo, é tudo a mesma coisa. Dizem que vivemos numa eterna primavera. Para mim, as estações não estão no sol nem na chuva, e sim nas aves que passam ou nos peixes que vão ou voltam. Há épocas em que é mais difícil viver, isso é tudo." (Julio Ramón Ribeyro) "Where is the Life we have lost in living? Where is the wisdom we have lost in knowledge? Where is the knowledge we have lost in information? " (T. S. Elliot) "Bem-aventurados aqueles que leram muito durante a infância, porque deles, talvez, nunca será o reino dos céus, mas poderão chegar ao reino dos céus dos outros e lá aprender mil maneiras de escapar do próprio inferno graças às estratégias não-fictícias dos personagens de ficção." "Jardins de Kensington" (Rodrigo Fresán)
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