Skoob

“Agora só aceitos amigos que ao menos se apresentem... Sem scrap não aceito! Tento trocar livros com todos! Se você não é plus Azul, vou esperar o seu livro chega e só depois mandarei o que solicitou... Fique a vontade para entra e fuçar ao seu bel prazer! Tenho tentado usar o seguinte critério quando avalio um livro: 5 * = o livro me influenciou de alguma forma 4 * = recomendo a leitura do livro 3 * = eu gostei do livro (outros podem não gostar) 2 * = eu não gostei do livro (outros podem gostar) 1 * = não recomendo a leitura "... Conseguira, enfim penetrou na torre de babel, sabia que ela não poderia ser somente uma estrutura labiríntica oriunda da mente de algum autor. Ela era real e estava ali a sua frente, ao alcance dos seus dedos todos os livros do mundo... Todos os livros escritos, não escritos e sonhados, em todas as línguas, de todos os jeitos e formas: os imaginados, os incompletos, os bests sellers e de única edição... Contemplava aquelas estantes infindáveis, com prateleiras a perder de vista, onde cada uma abrigava centenas de livros e cada um a sua maneira pedaço próprio de um universo impresso com tinta... A emoção crescia em seu peito, Estava atônito e em êxtase! Sentimento esse, só perturbado pela angústia ao perceber a extensão do tempo que levaria para aprender uma pequena parte de todos aqueles saberes e se dando conta do quanto seu tempo de existência físico era finito, teve como obrigação discordar de Borges.” “... -- Essa biblioteca jamais poderia ser um paraíso... Era sim, a personificação do próprio inferno! Exclamou... Sentou no chão entre as estantes e tremia todo ao abrir o primeiro dentre as dezenas de livros que tinha selecionado... Enquanto lia parecia que o tempo não existia, havia toda uma mistura de sentimentos: alegria, receio e dor, dor e angústia por terminar mais um livro... Angústia que se dissipava ao iniciar a leitura do próximo. Imaginava-se em lugares distantes e se sentia íntimo das personagens. Assim, aos poucos se tornou displicente com as necessidades do seu corpo: esquecia de dormir, comer e até sua higiene! Definhava; sua meta de existência se tornou a leitura e nada mais. Quando mais lia mais sua curiosidade em saber crescia. Sua fome de ler se tornou insaciável e tamanha era sua obsessão, que certa vez, acometido por um frenesi de fome, Entre um folhear e outro de páginas, distraído e em delírio, devorou seus próprios dedos... ... Agora para virar as páginas utiliza os cotovelos...”. Aprisionado na torre de Babel - Contos de Endrius “