Lucíola Rabello reconstitui com maestria a história social da tessitura do conceito e das práticas de promoção da saúde como crítica ao entendimento prioritariamente biomédico da saúde. A Declaração de Otawa, em 1986, institui a promoção da saúde abrangendo acesso ao sistema de saúde, ambiente adequado, 'empoderamento' das redes sociais, promoção de estilos de vida saudáveis e ampliação de informações sobre a saúde. A autora compara as práticas do Brasil e do Canadá e analisa os desafios da esfera internacional. Este é o dilema que suscita: sem a dinamização da 'promoção à saúde' a distância entre o conhecimento biomédico e o estado de saúde das populações continuará a aumentar.