Qual será o futuro da psicologia como ciência? Seriam nossas intenções, crenças e desejos entidades reais, em cuja ontologia os psicólogos podem acreditar, ou seriam elas apenas ilusões da linguagem que vão ser progressivamente substituídas pelo discurso da neurociência? Será a psicologia tão provisória qunto foi a alquimia até o surgimento da química? E o que restará então para o psicólogo? Conviver com o caráter provisório de sua disciplina enquanto a neurociência não atingir sua idade de ouro e substituir todo o vocabulário psicológico pela terminologia neurocientifica, tornando-se apenas um sofisticado assistente social? Será a psicologia definitivamente eliminada pela neuriciência, disciplina esta que parece estar atingindo sua idade de ouro? Esta é a mensagem do chamado "materialismo eliminativo", cujo escopo e alcance são cuidadosamente discutidos por Saulo de Freitas Araujo, neste livro cuja envergadura torno-o agora leitura obrigatória não apenas para todos os profissionais da área "psi" como também para todos aqueles que de uma maneira ou de outra, preocupam-se com estas questões inquietantes deste século.