Bem sabemos como a arte da poesia parece engessada ao grande público. Não por culpa dos poetas e poetisas, cuja arte é mais do que nunca necessária, mas de certo distanciamento proposto pela tradição academicista. Tradição esta que William Blake, por exemplo, já havia tentado quebrar, com o objetivo de trazer versos não apenas de apelo intelectual, mas que fossem divertidos a quem os lesse, e não em qualquer sentido cômico, mas no sentido de aprazer com a leitura.
É esse objetivo que temos com PULPVERSOS: não queremos reinventar a roda — até porque ela já vem girando, e muito bem, com a poesia pulp clássica dos autores da era de ouro da Weird Tales e com a poesia de cunho mais modernista e experimental do Brasil, cujos tentáculos da influência chegaram até aqui, inevitavelmente —, mas queremos que ela continue a girar, porém em língua portuguesa, e com as preocupações de indivíduos que escrevem pulp, que escrevem poesia, ou que escrevem poesia pulp a partir de uma cultura periférica na relação global.
Esperamos que PULPVERSOS agrade. Se não agradar, fique ligadx no edital de seleção para uma edição posterior e mande seus próprios poemas.
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