spoiler visualizarSaulo.Fragoso 23/03/2024
Quinto livro da série Elfos, A Dinastia dos Elfos Negros (2014) fecha o primeiro ciclo de histórias de apresentação desses povos. No Universo da Soleil Productions, existem cincos raças élficas, a saber, os Azuis, os Silvestres, os Brancos, os Meio-Elfos e os Negros. No ciclo que aqui se fecha, nós temos a apresentação do último desses povos, os mais isolados, odiados e perseguidos por todos os outros, até mais que os Meio-Elfos, se levarmos em consideração aquilo que forma a essência dos irascíveis, violentos e maldosos Elfos Negros. Mas para isso, precisamos entender o por quê desse ?estágio final odioso? para o povo. E esta é uma explicação que o roteiro de Marc Hadrien (pseudônimo de Christophe Arleston) nos dá de maneira aplaudível, sem muita exposição didática e sempre deixando algo não dito, uma surpresa, quase uma ameaça em relação ao futuro. Roteiros assim sempre tendem a ser mais ricos em termos de construção do personagem. Esta história é uma prova.
A premissa para a existência dos Elfos Negros foi a que mais me encantou, dentre todas as cinco raças desse Universo. É uma condição preocupante, porque esses indivíduos podem nascer de cor azul, branca, verde, vermelha ou cinza, mas ainda assim ser ser um Elfo Negro em seu interior. Esta é uma condição genética. Todos os elfos nascem com um gene que pode direcioná-lo para esse tipo de raça, mas apenas alguns desenvolvem esse gene ? após alguns indícios de violência e frieza durante os primeiros anos da infância, como vemos acontecer com o pequeno Gaw?er, um Elfo Azul que é recrutado por acaso, quando um Elfo Negro percebe sua essência. O roteiro, mais uma vez, não deixa se levar por explicações e nem dá mais informações do que o necessário. Nós entendemos perfeitamente que os Elfos Negros adultos conseguem identificar outros, independente da cor que tenha nascido ou da idade em que esteja.