Claudinei 23/03/2022
Uma Femme Fatale tupiniquim
Chegamos a 6° publicação do selo Escafandro da Ultimato do Bacon, dessa vez quem nos agracia com uma divertida (e sinistra) história são as talentosas Milena Azevedo no roteiro e Germana Viana na arte e nas cores.
Essa edição traz a história de uma serial killer brasileira, uma mineirinha de BH que em meados do século XX fez sua trajetória de mortes no melhor estilo viúva negra e como já dizia o ditado “a mulher faz tudo o que o homem faz só que de salto alto”, temos aqui uma “femme fatale”, que usou não somente de sua beleza e sensualidade, como também da inteligência para conseguir seus objetivos, seu nome, Madeleine Maria da Silva.
Ambiciosa, tentou entrar para família de seus patrões, ao se relacionar com um dos filhos da família, porém, como muito acontecia na época simplesmente foi enxotada para outro lugar para “não manchar” o nome tradicional da tal família, mesmo carregando em seu ventre um descendente dos mesmos. Após o infortúnio de perder o filho, uma chave foi virada na psique de Madeleine, e assim ela descobre uma forma de fazer fortuna, casar-se e dar fim em maridos ricos, primeiramente passando como uma infeliz viúva e depois sendo temida como a viúva veneno, mas não há mal que passe impune por essa vida, assim mesmo sem saber Madeleine está envenenando a si mesma, plantando algo que não gostará de colher.
Uma ótima história curta, mas muito cativante, desde a trama apresentada a arte e as cores brilhantemente feitas por Germana Viana, uma história para mostrar mais uma das faces do mal e em como as vezes ele se apresenta em um rosto bonito e agradável, e de que há outras formas de veneno que não vem com o símbolo da caveira de ossos cruzados alertando para venenoso, mas que seus efeitos são tão piores quanto.
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