Full Drive #3

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Resenhas - Full Drive #3


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Virginia 04/05/2022

Um mangá que merecia mais
Full Drive é um mangá de desporto focado no ténis de mesa, mais conhecido como ping-pong. A história é muito simples. O nosso protagonista, Tamashiro Dan, é neto de um lendário jogador de ténis de mesa. Após a sua morte, a sua família muda-se para o Japão. Lá, Tamashiro começa a jogar, com o objetivo de se tornar mais forte. Pelo caminho, ele vai conhecendo oponentes muito mais fortes que ele e vai fazendo novos amigos. Como podem ver, é uma narrativa simples, muito ao estilo de obras focadas na temática do desporto.

Depois de ter assistido Haikyuu, eu apaixonei-me por este nicho. São miúdos normais como qualquer um de nós que procuram seguir a sua paixão e, no meio termo, vão conhecendo outras pessoas que partilham essa mesma paixão. Talvez o que eu gosto mais sobre estas histórias é a família que se vai construindo entre o grupo principal ou as lições que vamos retirando dos triunfos/falhanços das personagens. Foi nessa senda que decidi ler Full Drive.

Antes de ter começado a ler, estranhei o facto de ser um mangá que estava completo. Apenas lendo a sinopse, não me parecia o tipo de história que ficaria concluída com apenas 16 capítulos. Então, fui pesquisar e descobri que o mangá tinha sido cancelado pela Shounen Jump. Isso só me deixou mais curiosa para saber o porquê, uma vez que a sinopse parecia promissora.

Primeiro, queria começar já com a única crítica que tenho a fazer a este mangá. A verdade é que eu não sei nada sobre ténis de mesa. Já tinha visto vídeos no Youtube de partidas de ping-pong em que nem se chegava a ver bola e só se ouvia o som a bater na mesa. Mas, tirando isso, não sei absolutamente nada sobre o desporto. Full Drive também não explica muito sobre as regras do desporto. Todas as personagens conhecem o desporto e falam sobre isso com a maior das naturalidades. Pode ser culpa do cancelamento precoce, mas acho que se o autor tivesse introduzido uma personagem que fosse completamente ignorante (representado, de uma forma indireta, o público) talvez fosse mais fácil compreender aquilo que se está a ler.

Apesar desta crítica, a verdade é que eu gostei do pouco que li. A arte de Genki Ono passa aquela sensação vertiginosa de apenas ouvir os sons que a bola faz quando bate na mesa e nas raquetes. As personagens são interessantes e algumas causam uma forte primeira impressão. A meu ver, o protagonista é um pouco pãozinho sem sal, mas, ainda assim, eu até queria acompanhar o seu crescimento.

Na minha opinião, Full Drive é um mangá que tinha muito potencial e o seu cancelamento foi injusto. Era ainda um mangá que começa a gatinhar e a dar os primeiros passos. Quando comparado com outros mangás já estabelecidos, verifica-se uma enorme desvantagem.

Agora que o mangá de Haikyuu terminou, talvez este seja o melhor momento para Full Drive realmente brilhar. Não sei se o autor tem planos de continuar a história ou de relançá-la, mas o que é certo é que é uma obra que merecia mais.
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