avantaebooks 21/12/2023
Sexo, drogas e rock?n?roll PT2: a sequência emocionante ??
SAGA ? LIVROS DA BIENAL 7 (todas as resenhas com esse cabeçalho no início são dos livros que eu comprei na Bienal do Livro Rio 2023)
Eu acho que nunca terminei um livro estando tão emotivo e reflexivo. Assim, claro que não estou num nível de derramar lágrimas nem nada do tipo, porém foi o suficiente pra me fazer escrever uma resenha às 03:30 da manhã.
Lembram quando eu disse que queria ver a Glitter brilhando mais na sequência de seu livro? Então, tenham certeza que isso acontece. Acho que nem tem como classificar isso como um spoiler, já que era óbvio desde o início que eles teriam um longo e lindo caminho, perpetuado por vários shows e momentos marcantes nessa segunda metade da história.
Creio que o crescimento gradativo da Glitter em seus mínimos avanços ? desde a primeira apresentação fora do Brooklyn até a compra do tão desejado Nokia com o jogo da cobrinha de Tate ? foi um ponto positivo e importante da história, muitas vezes ligada também à questão amorosa do Tate com Sky. Com a fama, vieram os desafios de enfrentar a mídia, os vícios, e a si próprio, e sinto que cada integrante do grupo, além dos contribuintes a essa jornada, conseguiram se tornar pessoas melhores ao longo do tempo, conquistando seus objetivos após tanto esforço e unindo-se a família que é a Glitter.
Porque, perdoe-me se isso parecer uma fala da saga de filme ?Velozes e Furiosos?, mas este livro acaba tocando muito no tópico família e ensina que nem sempre ela é de sangue. E isso é lindo pra k4r4lh0 , se você me perguntar.
Queria dar destaque aqui a dois personagens que eu sinto que não falei tanto sobre na resenha do primeiro livro: o Nolan e o Hyun. Sinto que ambos foram muito bem aproveitados nessa sequência tendo um pouco mais de foco, principalmente no segundo capítulo, em que somos apresentados a um background maior do querido baixista e sua filha mais querida ainda. Lembro de ser tarde da noite quando eu estava lendo essa parte do livro e eu fiquei com uma vontade súbita de ler o capítulo em voz alta, simplesmente pra poder absorver melhor a história. Tá, ?absorver melhor a história? e também poder prestar mais atenção no que eu estava consumindo nos meros detalhes, já que, às vezes, a leitura dinâmica não me permite fazer isso, mesmo que seja um dom.
Continuemos a falar sobre os dois!
Enfim, sinto que eles, intencionalmente ou não, acabam formando dois lados de uma mesma moeda à respeito de muitas coisas. Um que se responsabiliza demais por tudo e outro que só quer saber de farra, Nolan sempre tentando servir de apaziguador do grupo enquanto eu nem consegui contar a quantidade de desentendimentos que o Hyun consegue causar? e também a questão das crises devido ao vício de drogas.
Sim, eu sei que tô batendo nessa tecla mil vezes, mas é porque me impactou, de certo modo. Nesse livro, há duas cenas nas quais personagens passam mal a ponto de terem que ir ao hospital e uma delas em específico foi a minha favorita, pois serviu como ponto de virada chave na trajetória da banda (se você quiser um leve spoilerzinho, tá em um dos meus históricos de leitura do livro, lá eu comento melhor). Como eu havia dito anteriormente, cada peça dentro do grupo acaba sendo fundamental na caminhada da Glitter para o estrelato, seja de forma boa ou ruim.
Falando no tema família, eu não vou me aprofundar tanto nessa parte pra não estragar a sua experiência, mas a questão de abandono paterno do Tate e Armin acaba entrando mais nesse livro, tendo uma resolução digna de série dramática do LifeTime. Em uma cena específica, é mostrado o avanço do Park mais velho a respeito de seu trauma e, sem zoeira, sinto que foi uma das melhores evoluções de personagem que eu já vi em um livro nacional.
O final desse livro, mas não da história, já que a Glitter ainda vai brilhar por muito tempo nas estantes, não poderia deixar de unir nossos queridinhos guitarrista e vocalista da banda num amor tão esperado. A jornada de autodescoberta do Tate não para a nem um segundo nessa continuação, e, sinceramente, é lindo de se ver. O processo de autoaceitação também retratado na jornada do Park não ocorre de forma linear, o que traz um baita realismo para a história. E, assim, ele se permite ser livre para amar, o que pode ser muito doloroso para alguns, e traz um certo conforto pra gente.
Sinto que o final desse livro foi libertador e, mais uma vez, vou retomar o tópico da família. Porque, no fim, essa não é uma história só sobre os temas que eu citei no título (meio ironicamente), mas sobre encontrar com quem você se sente melhor e pode ser livre com. Prometo que as últimas 40 páginas do livro vão ser suficientes pra te fazer chorar com a evolução do grupo num geral.
Então, com muito orgulho, posso dizer que tenho um novo livro favorito.
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PS: Sei que não parece estar 100% ligado ao livro, mas ler Glitter, que era anteriormente uma fanfic do BTS, me fez voltar a ser mais ligado ao grupo. Acho que é porque eu criei uma playlist pra ouvir enquanto lia (um like e eu ponho ela nessa resenha) que tinham várias das músicas do grupo, me fazendo voltar a ouvir eles mais avidamente. Eu só possuo agradecimentos a essa história tão cativante!)
PS2: link da playlist que eu fiz enquanto lia ?Glitter? no meu Spotify: https://open.spotify.com/playlist/02OXp3sccSgs68JQmHUnoU?si=5A9V99nMRuivAgwMhX77DQ&pi=u-31XfoLaBRoGR