Batgirl: Ano Um

Batgirl: Ano Um




Resenhas - Batgirl: Ano Um


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Lucas Muzel 16/06/2024

Ótimos desenhos, roteiro OK
A dupla de roteiristas (Dixon e Beatty) tiveram o cuidado de usar personagens antigos para amarrar essa origem ampliada e mais atual da Batgirl. O tal Jason Bard foi um personagem coadjuvante das histórias solo da Batgirl no final dos anos 60. O Mariposa Assassina foi usado em algumas ocasiões na fase do Chuck Dixon dos anos 90. Era tratado como personagem de nível D. E chegou a sofrer uma mutação bizarra durante a saga A Vingança do Submundo. A mesma situação acontece com Vagalume, Arrasa-Quarteirão e J. Devlin Davenport.
Ao mesmo tempo em que se preocupa com o passado, em algumas situações há a preocupação de “profetizar” situações que iriam ocorrer depois. No caso da Oráculo isso foi mais intenso. Os recordatórios são da própria personagem. O tema da série é a busca de uma voz própria. Começa com a rebeldia com relação ao seu pai, o tenente Gordon. Eventualmente se rebela também contra o Batman, um tipo de figura paterna restritiva. Robin é visto como um colega de ocupação mais novo. Estabelecem os conhecimentos tecnológicos da Barbara, item que seria fundamental para sua futura identidade como Oráculo. Mostram também o primeiro encontro com dela com a Canário Negro, futura parceira da equipe Aves de Rapina, criada pelo próprio Dixon. A proposta foi que a Srta. Gordon queria se espelhar em uma heroína veterana, seja para amizade ou mentoria.
A mini inteira mostra Batgirl tentando achar a sua voz e o seu espaço. O traje original tinha salto alto, e há uma referência a isso no começo. Por questões práticas ela usa uma bota com solado especial. A tal moto é outra referência, item comum para várias vigilantes do sexo feminino nos anos 50 e 60. No geral, o roteiro não compromete. É bem básico na sua mensagem. Chuck Dixon tem uma tendência a não aprofundar tanto a personalidade e nuance de alguns personagens. Se tornam um pouco monotemáticos.
Outro grande destaque é a arte do Marcos Martin. Tem um estilo minimalista mais para o lado de desenho animado que muito me agrada. A colorização está meio modernosa, numa pegada 20% reduzida em comparação com Cavaleiro das Trevas 2.
Fico com a sensação que uma continuação (hipotética) para essa obra seja Oráculo: Ano Um. Até onde eu saiba, nunca foi lançada. Uma pena.
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