z..... 03/07/2020
Essa HQ foi publicada como suplemento em uma revista mineira de 1979, voltada à educação ambiental.
A história é uma manifestação e denúncia contra os desmandos e injustiças no campo, onde imperavam políticas que incentivavam a ocupação desordenada, a destruição da floresta através da exploração irracional, o estabelecimento do capital estrangeiro através de grandes empreendimentos, o incentivo da governança com isenção de impostos e conivência com planejamentos de ação não sustentável, e a falta de estratégias e medidas políticas que valorizassem os povos nativos, as comunidades rurais e o meio ambiente.
A história mostra a violência contra o homem do campo, manobras escusas no contexto político e a participação de párocos nos movimentos de reivindicações das comunidades rurais. Tudo isso em meio a informações em paralelo sobre a realidade na ocupação do campo e destruição da floresta, com direcionamento principalmente ao Projeto Jari, estabelecido no norte do Pará e sul do Amapá, que estava em seu auge com o recente estabelecimento da fábrica de celulose e gozava de inúmeros abonos e incentivos irregulares do governo.
Apesar dos objetivos e importância, a HQ é um tanto confusa em sua idealização e assim pouco atrativa. Porém, passados mais de 4 décadas da publicação, continua atual em coisas como: o incentivo e conivência governamental para exploração desordenada que temos visto; a fragilização das leis ambientais em prol do explorador; a recente anistia de criminosos ambientais e, tal qual na HQ, descaso pragmático na proteção aos chamados povos da floresta e meio ambiente.
Leitura na quarentena em Macapá...
A HQ pode ser conferida em
site: lorcartunista.blogspot.com/2019/08/a-historia-em-quadrinhos-sobre-amazonia.html