Resenhas - Os Espiões Espionam os Espiões

Felipe Duco 25/11/2017

Foi uma surpresa muito, mas muito agradável e tô sentindo que vou viciar na série
Primeiro livro do gênero que leio e fiquei absolutamente em choque! Foi uma surpresa muito, mas muito agradável e tô sentindo que posso viciar na série. Leio muito nessa minha vida, mas há tempos já não me lembrava o que significava "devorar um livro", "não conseguir parar de ler".
Os Espiões Espionam os Espiões mostra a belíssima Brigitte Montfort, que é espiã da CIA dentro de um serviço secreto para espionar outro espião, Chanko London.
Pelos livros conterem uma pitada de ficção cientifica, coube pra mim direitinho o fato de Brigitte se transformar em negra devido a injeção de uma substância química, para poder ter uma interação mais calorosa com Chanko London e descobrir se ele tem algum plano com intensões maléficas para os Estados Unidos.

Única reclamação que tenho do livro (eu não sei se todos são assim, apenas imaginava que fosse diferente) é que em grande parte da trama a Brigitte fica em segundo plano. Ela é o nome da série, um ícone da cultura pop dos anos 70, muitas vezes o narrador se refere a ela como "divina" e o mesmo menciona no primeiro capítulo o fato dela ser a "espiã mais perigosa, audaciosa e implacável da CIA". E ainda assim boa parte dos planos, das ações e estratégias-chave, são feitas por Chanko (não sei se é um spoiler, mas eles começam a trabalhar juntos depois de algumas reviravoltas). Fiquei um pouco incomodado por isso. Quando eu peguei o livro pra ler, me interessei pela heroína. Não quero ler uma série de livros onde tem uma mulher na capa, no título e me sentir em uma propaganda enganosa de mais uma história quadrada protagonizada por homens e tendo uma mulher bonita apenas como atrativo de vendas. Tomara que esse formato de se levar a história não seja o padrão da série toda.

Mas no final das contas eu gostei demais e terminei o livro com água na boca. A história é bem escrita, não achei os acontecimentos corridos não (como imaginei que fosse) e a tensão sexual entre Chanko e Brigitte é muito conveniente e na medida certa, sem exageros, mas também nada muito superficial.

A propósito Brigitte é ótima. Primeira incursão com esse nome que sempre ouvi mas não sabia nada a respeito. Ela é divertida, perspicaz, irônica muitas vezes e tão vaidosa e feminina que já se tornou uma das minhas mais queridas personagens (e pensar que tem tanta, mas tanta coisa dela pra se ler nesse mundo, que chega dar um calorzinho do coração!!)