A Samurai

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Resenhas - A Samurai


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Erika Neves.1 03/01/2020

Japão, Período Edo (1573-1603). Época em que os shoguns (líderes militares) e daimyous (senhores feudais) dominavam territórios, sempre muito bem guardados por seus samurais. Em uma sociedade estratificada e dominada por homens, Michiko decide negar seu destino e torna-se uma guerreira para realizar o sonho de encontrar sua família. Acompanhada por Yamada, ela não medirá esforços nem poupará vidas para atingir seu objetivo - mesmo que, para isso, ela tenha que abrir mão da própria vida.

Essa HQ me surpreendeu bastante, de forma positiva.Principalmente pela qualidade gráfica e pela criatividade ao contar uma história que de nova não tem nada: jovem é abandonada ainda criança e mantém o sonho de encontrar a família que nunca conheceu.
A formas como as cores diferentes são utilizadas em cada momento da vida de Michiko, é simplesmente fantástica.Rosa nos momentos em que está no treinamento para ser gueixa, em que o mais importante é ser delicada, vermelho nos momentos de raiva, cinza ao ser confrontada com um passado que não nem um pouco claro em sua e assim por diante.
Cada capítulo é desenhando por um artista diferente, o que faz com que os traços sejam bem diferentes, mas ao mesmo tempo se complementam.

Infelizmente, também tem alguns (poucos) pontos negativos, como ao traduzir alguma expressão em japonês, no rodapé da página, nem sempre era sinalizada. e as vezes a tradução aparecia em uma página diferente da palavra em questão.Pequenos detalhes, que atrapalham, mas não prejudicam essa obra maravilhosa.
E pensar que essa obra quase não saiu do papel pois a autora estava com dificuldade em conseguir completar o orçamento que foi feito através de financiamento coletivo através do Catarse.

Inclusive, ela já estava com um projeto para a continuação dessa HQ."A Samurai - Primeira Batalha", sendo que ainda é possível contribuir através desse link aqui.Já fiz a minha contribuição e a previsão de lançamento é para Dezembro.
A Samurai foi uma agradável surpresa, que veio confirmar que existem excelentes artistas brasileiros que precisam ser conhecidos e valorizados.
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Luiza 29/08/2016

Sobre arte e cultura japonesa
O que você estaria disposto a fazer para encontrar a família que você nunca conheceu? “A Samurai” mostra a resposta de Michico a esta pergunta.
A primeira impressão da HQ, nacional, é a de que se trata de uma versão de “Mulan” para adultos: uma mulher que assume uma identidade masculina para lutar em nome da família. Mas logo nas primeiras páginas nota-se o abismo de diferença entre as duas histórias. A semelhança encerra-se no fato duas serem orientais, fortes e exemplos de personagens protagonista femininas bem desenvolvidas.
A narrativa se passa no chamado período Edo (1573 - 1603) ha história japonesa, época conhecida como “A Idade da Paz Ininterrupta”, na qual o país era dominado pelos shoguns (líderes militares) e daimyous (senhores feudais), e divido em quatro castas: samurais, camponeses, artesões e comerciantes.
Michico foi deixada ainda bebê em um okiya, local onde moravam as gueixas, as cortesãs japonesas, juntamente com uma carta e um amuleto. Durante a infância, Michico foi treinada para se tornar uma gueixa. Ao mesmo tempo em que descobria o talento para as artes, percebeu a capacidade do manejo da espada. entretanto, enquanto um ofício era estimulado, o outro teve que ser praticado em segredo e sobre a alcunha masculina de Midori com a ajuda do amigo de infância e futuro amante, Yamada.
Alcançada a maioridade, a protagonista saiu do okiya sob a proteção de um danna (patrono rico), um daimyou rival ao que servia como samurai na esperança de encontrar pistas sobre seu pai. A partir daí é traçado o conflito da personagem entre a gratidão, o dever e o sonho da vida toda.
Publicada graças a um financiamento bem sucedido no Catarse, a HQ é desenvolvida sob a estética japonesa wabi-sabi, que valoriza o imperfeito. “A Samurai” foge à narrativa redonda e fechada; ela é aberta às possibilidades. Possibilidades que começam a ser exploradas nos oito capítulos da história divididos por cores e ilustradores. Cada qual é desenhado por um quadrinista diferente - Yoshi Itice, Vencys Lao, Guilherme Match, Mika Takahashi, Bianca Pinheiro, Herbert Berbet, Leonardo Maciel e Gustavo Borges -, respeitando o estilo e interpretação do enredo dos artistas. Um festival de paletas e traços, um mais encantador do que o outro.
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