Maurício / @moc_livrosehqs 26/03/2024
Espetáculo noir!
Um espetáculo noir! Ed Brubaker, eu já tinha certeza que, ao envolver investigações e roubos, me entregaria um material interessante. Agora, fiquei ainda mais impressionado com a história escrita pelo Darwyn Cooke. O cara manda bem demais no roteiro! Entregando uma narrativa com quatro pontos de vista, sombria e com diálogos interessantes. Gostaria que ele tivesse ficado só no roteiro…
Bom, vamos falar das coisas boas primeiro: o gibi tem BASTANTE balões de fala, pois o roteiro desenvolve bem os personagens. Consegui entender perfeitamente as ambições e pensamentos de cada um. A equipe é composta pela Selina, Stark, um antigo interesse amoroso e mentor, e Jeff, responsável por descobrir uma maneira de entrar no trem em movimento. Todos tem o seu momento para brilhar. Há a participação de um detetive particular, chamado Slam Bradley, que ajuda bastante na narrativa. Um personagem muito legal de acompanhar!
Além do planejamento do crime, o capítulo onde mostra a execução dele e, obviamente, os empecilhos que aparecem é empolgante! A Cada virada de página, eu só pensava “xiiii”... Foi uma tensão bem construída.
Pra mim, o quadrinho só peca na arte, do próprio Cooke. Lá pelo final do encadernado, eu acostumei com ela, mas durante boa parte da HQ, parecia que eu estava vendo os desenhos de uma versão sombria das meninas superpoderosas. Não é o estilo de arte que casa melhor com esse tipo de história.
Um belo quadrinho, com personagens carismáticos, bem escrito e com uma conclusão bem construída! Cooke pra mim, foi o herói (no roteiro) e vilão (na arte!).