Resenhas - O despertar de Cthulhu

Animal Noturno 14/04/2024

Abaixo da capacidade do horror cósmico.
Muito aquém do que o horror cósmico tem a oferecer, embora sejam simplesmente narrativas inspiradas no horror LOVECRAFTIANO, sendo trazidas para a realidade nacional, deixa muito a desejar diante do original. Vale como leitura rápida por ser uma coletânea de histórias curtas, leitura rápida e fluída, mas não tão boa quanto o original.

Margarete 30/01/2024

Coletânea desigual, mas vale a pena
São várias histórias mais baseadas no terror comum do que no horror cósmico de Lovecraft, mas vale a pena porque algumas são boas. A arte em preto, branco e verde dá um destaque especial

Che 12/09/2023

OS RISCOS DE ADAPTAR LOVECRAFT
Toda coletânea de qualquer tipo de narrativa curta de diversos autores incorre, necessariamente, no alto risco de ser heterogênea no todo. E aqui não foi diferente.

Tendo como tema comum o tal do "horror cósmico", a coletânea de roteiristas de diversos estados (o livro é editado em São Paulo) tem excelentes contos originais e outros que ficam numa punhetagem inócua e decepcionante. No primeiro grupo estão o terceiro conto (o do "apocalipse dos bernes") e o quinto (dos índios). No segundo grupo, o quarto e principalmente o penúltimo, que é meio mangá e destoa demais do resto, em enredo e desenho.

Tem outros dois legais: o do Oppenheimer - que agora voltou à tona por conta da cinebiografia do Nolan - e o do sujeito que pensa uma coisa mas faz outra, inexplicavelmente.

Pelo que pude captar da essência do Lovecraft, ele lida com o imponderável, com o que Freud classificava como medo do implacável e imperativo na natureza sobre a nossa "pequeneza" diante dela.

O risco inevitável de tentar adaptar isso pra uma arte visual é, em termos significantes, tentar definir o indefinível, o que justamente foge ao nosso arcabouço simbólico de possibilidades. E nesse sentido, a HQ de novo é heterogênea, de novo às vezes fazendo isso bem na obra dos desenhistas e noutras não.

O maior acerto nisso acho que foi o uso da cor verde (e só ela e o resto é preto e branco) para lidar com esse "indizível" do Lovecraft. Até que no geral fizeram isso bem.

Um outro mérito que a HQ tem é que me deixou curioso pra conhecer a obra do artista inspirador de tudo isso, o que venho adiando fazer há muitos anos. Mas logo vou acabar entrando de novo numa fase mais literária (hoje minha demanda artística está muito na música) - e nela o Lovecraft entrará com certeza.

MagicKhaos 08/12/2022

Lindo
A arte dos quadrinhos é maravilhosa, principalmente as cores! As artes chamam muito a atenção porém esperava mais das histórias, os textos não me prenderam tanto. É bom, o projeto é legal, mas a editora já lançou melhores.

comunistinha 02/09/2022

perfeição
essa é uma das melhores hq's que já li, pqp. eu não conhecia a história e agora quero ler tudo do lovecraft.
achei os desenhos perfeitos.

Yavanna 02/09/2022

Muito bom
Mano foi um dos melhores quadrinhos que eu já li.

São várias histórias sobre a ascensão da Loucura e do Desespero, a arte é MUITO linda, as ilustrações têm um toque em verde: quanto mais a Loucura vai surgindo, mais verde a imagem fica e eu achei isso GENIAL.

Parabéns aos envolvidos nesse trabalho.

Bruno.Polimeni 06/02/2022

Aborda o tema de horror cósmico, etéreo/ onírico, loucura. Li alguns contos de lovecraft e não gostei muito da dinâmica dos contos...nos quadrinhos ficou mais fluido e empolgante...é uma leitura divertida, meio rápida ate (2 horas de leitura mais ou menos), mas não é nada de must have e imprescindível...

Indico pra quem gosta do tema e quer algo mais dinâmico e visualizar as criaturas indescritíveis de lovecraft ^^ ... é uma leitura divertida e ok

Gostei bastante do conto da bomba atômica , dos índios e da igreja em que td da certo

Jeff 13/07/2021

Se passa no Brasil
Adorei essa adaptação principalmente pelo fato de toda a trama se passar no Brasil.
Os contos são sensacionais e te prendem de forma que você fica ansioso pelo o que aguarda mais para frente.

herbert.goncalves 19/03/2021

nossa senhora de lovecraft!!
misericórdia, que negócio maravilhoso isso aqui. um dos melhores quadrinhos que já li nessa vida, um desenho mais lindo que o outro, o cuidado e o capricho com os contos são notáveis, apaixonadinho demais por essa hq. 5 estrelas fácil.

site: https://filmow.com/usuario/herbert_

Marco 29/01/2021

Contos interessantes
Lovecraft é detalhista na narração que nos faz sentir dentro da história. As vezes acaba sendo detalhista demais, mas faz parte deste mundo paralelo que criou para seus contos que são basicamente unificados.
Uma forma sombria que mistura misticismo com ufologismo. Realmente contos que valem a pena serem lidos.

Gabriel.Maranhao 08/09/2020

O Despertar de Cthulhu – No Brasil
Link da resenha!!

site: https://gibitecadefortalezaoficial.wordpress.com/2020/04/07/o-despertar-de-cthulhu-no-brasil/

Nat 02/03/2020

^^ Pilha de Leitura ^^
O Despertar do Cthulhu é uma adaptação em quadrinhos de alguns contos de HP Lovecraft que estão relacionados com o Cthulhu (obviamente). A língua inventada pelo autor, falada principalmente nos cântigos, se chama Aklo. Os desenhos são ótimos, porém acredito que minha falta de conhecimento do original me fez não sentir a profundidade das histórias (ou o terror que elas representam). Saio dessa obra com um sentimento de que ela é boa e que eu preciso ler Lovecraft urgentemente!

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat

Na Literatura Selvagem 15/12/2018

mais uma HQ assombrosa e incrível...
Publicada pela Editora Draco e fazendo parte de uma trilogia antológica de terror, O mito de Cthulhu é uma adaptação em quadrinhos de contos consagrados do escritor americano H. P. Lovecraft. Ilustrada por nomes como Dudu Torres, Márcio de Castro e Samuel Bono - entre outros - e organizado por Raphael Fernandes, a hq conta com oito histórias ilustradas em preto, branco e verde, inserindo o leitor num universo de imagens inconcebíveis para a sã consciência da Humanidade.
Os tentáculos das criaturas abissais de aparência terrorífica nos transportam por entre mundos e mentes doentias, bizarras e ensandecidas. O salmo do sangue antigo mostra um homem atormentado e que se encontra sem esperança por ter perdido tudo a buscar refúgio numa congregação religiosa que logo mostra ao seu novo adepto que algo muito esquisito ocorre com seus seguidores. Os tambores de Azathoth referencia o mago Aleister Crowley numa história macabra envolvendo explosões atômicas.

leia mais em

site: http://naliteraturaselvagem.blogspot.com/2018/05/o-despertar-de-cthulhu-em-quadrinhos.html

Taverneiro 11/04/2017

Pura loucura em tons de Verde
“Não está morto o que pode eternamente jazer. E em eras estranhas até a morte pode morrer.”

O Despertar de Cthulhu em Quadrinhos é a segunda coletânea de histórias em quadrinhos da mesma linha do Rei Amarelo, e também foi lançada pela Editora Draco e organizada pelo Raphael Fernandes.

Aqui a grande inspiração é H.P Lovecraft. Não apenas o famoso Chamado de Cthulhu, mas toda a mitologia estabelecida por ele. E eu creio que o foco aqui nem seja a mitologia em si, com seus deuses e suas criaturas, e sim todo o clima de horror, loucura e degradação mental e física que têm nas obras de Lovecraft.


A sombra da influência de Lovecraft se estendeu muito além das próprias histórias dele, com diversos autores que até hoje escrevem na mesma ambientação e utilizam um estilo parecido. E os muitos autores de terror que não tem associação direta com a mitologia de Lovecraft, como Stephen king, mas mesmo assim acabam sendo influenciados pelas suas obras.

Da mesma forma que na HQ do Rei o amarelo era utilizado para representar o avanço da degradação psicológica, aqui o verde é a cor que representa o horror crescente. Apenas com o uso do preto, branco e verde eles conseguem chegar a um resultado gráfico impressionante.

Todas as histórias são perturbadoras, honrando (e aumentando) o horror lovecraftiano na qual se baseiam. Se Lovecraft pudesse ver aonde todo o seu legado chegou, ele ficaria horrorizado de tanta felicidade.

O Salmo do Sangue Antigo

Depois do suicídio de um amigo, um jovem começou a ter sonhos bem bizarros. Ao fazer uma visita à mãe desse amigo ele acaba sendo puxado para uma realidade e descobre que seus sonhos eram apenas o começo de algo muito mais estranho. Essa história é muito boa, e já começa a HQ dando o tom de estranheza certo.
Roteiro e arte: Dudu Torres


Os Tambores de Azathoth

Após o fim da segunda guerra, Oppenheimer, um dos criadores da bomba atômica, está cheio de culpa pela sua criação e tendo sonhos estranhos. Ele vai fazer uma visita ao famoso ocultista Aleister Crowley para entender o que está acontecendo com sua mente. A união de ciência e ocultismo é sempre algo que me fascinou e a conversa entre esses dois ícones é incrível.
Roteiro: Antonio Tadeu
Arte: Lucas Chewie

Macio

Essa é uma das histórias mais subjetivas. Uma cidadezinha esta sendo assolada por uma praga que torna a pele virulenta e cheia de bolhas. Nessa cidade uma garota tem sua família morta por acharem que eles compactuavam com o diabo, ela consegue escapar para uma região mais afastada e lá encontra um bode preto que esta nutrindo uma criança com patas de bode. Essa historia é muito boa, mas realmente não tem explicação nenhuma. Ela deixa o leitor livre para fazer associações, e tem um final bem gore.
Roteiro: Airton Marinho
Arte: Fabrício Bohrer

Sob a Insana Luz

Enquanto investigam a queda de um meteorito em uma cidadezinha de interior, um grupo de cientistas desaparece. Dois investigadores são enviados para descobrir o que houve e acabam tendo contato com algo bem maior que um simples desaparecimento. Essa historia é a que tem mais referências às obras de Lovecraft, tanto literais, como o Hotel Arkhan, quanto em estilo de narrativa e personagens. E tem um final excelente!
Roteiro: Caiuã Araújo
Arte: Marcio de Castro


Clhithmaek`tyivh

Dois estudiosos vão visitar uma tribo indígena isolada do mundo. Ao chegarem, logo são apresentados aos estranhos costumes da população, como empalhamento humano, por exemplo. (!) E, conforme o tempo vai passando, eles são expostos a costumes muito mais antigos e sinistros. Essa história me lembrou um misto de Holocausto Canibal com Lovecraft, o que é uma mistura excelente.
Roteiro e arte: Lucas Pereira

A Língua da Fé

Um homem sem esperança encontra uma nova vida em um culto religioso, só que ele logo descobre que o deus por trás dessa igreja não é o deus convencional. Essa história mistura os cultistas de Lovecraft com o fanatismo de certas religiões atuais. A forma como o protagonista é dominado por aquilo e é forçado a levar mais gente com ele é angustiante.
Roteiro: Raphael Fernandes
Arte: Samuel Bono


O Caso da Truta Salmonada

Um cozinheiro de um restaurante japonês começa a receber clientes com aspectos de peixe que começam a atormentá-lo e a gritar em terror toda vez que ele vai cortar um peixe, mas ninguém mais parece perceber isso. Mas que p%$# de história é essa, me diz?! Rsrs, Brincadeiras a parte, ela tem uma influência oriental muito forte, tanto nos seus traços quanto na bizarrice do roteiro, e eu a achei bem curiosa e bem legal também.
Roteiro: Jun Sugiyama
Arte: Hilton P. Rocha e Daniel Bretas

O Que Dorme

Uma cidadezinha de interior é acometida por um forte cheiro de podridão que vem das montanhas, e ao mesmo tempo ninguém na cidade consegue dormir. As pessoas que são enviadas para investigar o cheiro voltam perturbadas, e logo a privação de sono leva a cidadezinha a uma condição de loucura grotesca. O fim dessa HQ não poderia ser outro, os sinais estavam todas lá…
Roteiro: Bárbara Garcia
Arte: Elias Aquino

Essa HQ é perturbadora e traz todo o horror de Lovecraft atualizado para a maldade do nosso tempo. Junto com o Rei Amarelo, elas se tornaram um marco nas HQs nacionais de Terror. Estou aguardando ansiosamente a próxima da coleção.


site: https://tavernablog.com/2017/04/03/despertar-de-cthulhu-em-quadrinhos-resenha/

hanny.saraiva 23/02/2017

Três estrelas para produção visual, duas para os roteiros
Destaque 10 para o projeto gráfico que ressalta o uso do verde em todo o livro. A singularidade da cor em cada história é sensacional. Destaque especial para a arte de Marcio de Castro e Elias Aquino. Gostei do trabalho dos roteiristas Caiuã Araújo e Bárbara Garcia, mas achei o resto dos roteiros lugar comum. Três estrelas pela produção de arte e 2 pelos roteiros mais do mesmo. Como sou de letras, minha avaliação tem peso maior no texto.