Tico Menezes 18/12/2021
Consciência sanguinolenta
Em mais uma nova abordagem, a revista do Justiceiro foi reiniciada para que novos leitores tivessem acesso a algo que já nasceu promissor: uma roteirista nova com um desenhista veterano.
E, apesar de não trazer tanta inovação, a equipe Becky Cloonan e Steve Dillon funciona bem. O estilo "bonecão" de Dillon é consagrado nas histórias do Justiceiro e Cloonan entendeu o personagem direitinho.
Aqui, Frank tem que lidar com uma operação militar totalmente ilegal, supervisionada por um antigo colega de exército e a grande crítica é: militares no poder das coisas fodem com tudo e só dão prejuízo. A vida humana é desvalorizada dos dois lados e Frank está no meio de uma guerra ao lado de uma das poucas policiais que querem fazer o bem. Há uma provocada ao saudosismo aqui também e, olha... É muito bem-vinda.
Esse arco ainda não acabou, então ficamos no aguardo do terceiro ato de um Frank com ainda mais motivos para ir pra cima de bandidos com sua psicopatia costumeira e suas recuperações milagrosas.
É divertido, crítico, mas não apresenta nada de novo. E às vezes isso basta para o leitor. Para mim funcionou!