Resenhas - Mister No N° 03

edisik 10/03/2022

Mister No
O que falar desse simpático aventureiro, mais uma boa aventura que se finaliza na próxima edição. Vamos ver como vai terminar.

z..... 01/04/2018

A primeira HQ mostra o desfecho da aventura iniciada na edição anterior, sobre a busca de um explorador americano perdido na Amazônia. Mister No e o filho do sujeito conseguem encontra-lo, em desenrolar que tem breve embate com indígenas e final que reverte algumas ações politicamente incorretas de histórias anteriores, valorizando-se a Amazônia.

A segunda HQ leva Mister No para o sertão nordestino. Está claro a ótica estrangeira clichê, em temas que tinham despertado curiosidades.
Em linhas gerais, Mister No chega com seu Piper em Salvador, alienado ao lugar, e assim há uma breve apresentação da cidade (em parecer de contexto histórico) e também de algo de notória identidade na visão mundo afora (apresentada a Mister No numa senhora surra: a legendária capoeira). O terceiro aspecto explorado é o cangaço, na visão de banditismo para uns e de reação contra a opressão governamental para outros. É certo que na década de 1950 já não existia na caracterização que ficou famosa, mas é um tema sedutor para HQs (ainda mais quando os autores são italianos, que se amarram em histórias de bang bang).
Mister No é forçado a pilotar o Piper contra um bando que é aparentemente exterminado por metralhadoras, sem muito se revelar os por quês, coisa para o desfecho na próxima edição.
Nota-se que o autor fez certas pesquisas para a obra. Por exemplo, o ano é 1953 e é referenciado que as cabeças de Lampião, Maria Bonita e outros de seu bando (mortos na emboscada em 1938) estavam em exposição em museu de Salvador. Verdadeiro e esses restos mortais só foram sepultados em 1969.

Histórias muito simples, na ótica estrangeira, mas que, em minha leitura, tem despertado bastante curiosidade. Estou curtindo as HQs.