joaoggur 19/12/2022
Arte excepcional, roteiro pecaminoso
A editora Pipoca & Nanquim não mede esforços para eleger quaisquer de seus lançamos os suprassumos da nona arte: além da incrível edição física, ?Cinco por Infinito? foi altamente efervescido pelo Marketing, sendo uma obra cultuada pelo pioneirismo e genialidade no roteiro. Infelizmente, terminei a leitura decepcionado.
Cinco pessoas (todas seguindo ?esteriótipos de histórias de aventura dos anos 60?: A mulher bem apessoada, o homem másculo e corajoso, o cientista/professor? etc) foram selecionadas por um ser chamado Infinito, o último de sua raça alienígena, para juntos resolverem grandes questões cósmicas, tais quais salvar um planeta de destruição ou lutar contra monstros gigantes.
É inegável reconhecer a originalidade de Esteban Maroto. O compilado de histórias pressentes nessa edição surgiram antes de ?2001: Uma odisseia no espaço? ou ?Star Wars?, o que nos faz refletir sobre como a narrativa de Maroto fora pioneira e ainda se mantém atual. O grande problema é o roteiro: as histórias são até originais, mas em contrapartida são extremamente monótonas e estereotipadas, além de quase todas terem finais altamente previsíveis. Não vou nem citar os personagens rasos e mal desenvolvidos e/ou os diálogos completamente fora de tom pois sei que as histórias não foram escritas com essa intenção, mas foram coisas que também me incomodaram.
A edição vale pelos desenhos, que são realmente um desbunde. Mas não vá achando que lerá uma obra prima dos quadrinhos.