spoiler visualizarThalissa.Betineli 17/05/2021
Meu yaoi favorito!
Lembro-me que comecei a ler ainda de noite, vi o sol nascer e por um bom tempo, continuei a ler. É assim que resumo como conheci essa obra e a maratonei em um dia, pois foi impossível parar de ler até chegar ao seu final.
LIAL tem algo que vicia, que nos faz apaixonar, surtar, torcer, quase chorar, querer largar e xingar, e então voltar para saber o que acontece. É o efeito que teve em mim.
Antes de qualquer coisa, para quem não conhece, é um yaoi Omegaverse, em que há alfas, ômegas, betas... E os ômegas podem engravidar, já que eles possuem cio (um período que eles viram praticamente ninfomaníacos haha).
Com um começo completamente problemático (sim), conhecemos Hye, um suposto Alfa, que quer encontrar um ômega rico, mas rico. RICO MESMO! Que o banque, que o faça feliz e que o deixe nadar na fortuna. Hye não esconde seu sonho de ELE SER o alfa rico!
O que acontece é que o teste o Hye é errado. Ele não é alfa.
E sim um ômega. E não só um ômega, mas um ômega recessivo.
E só descobre ao entrar no cio pela presença do alfa dominante Dojin, um artista de uma banda famosa além de ser um dos herdeiros de uma das famílias mais ricas da Coréia.
E para piorar, Dojin quer Hye, só que Hye não quer ele, porque Hye não aceita ser ômega. Enfim, a confusão está feita e a história se desenrola com algumas situações cômicas, outras um tanto problemáticas e muito erotismo. Muito mesmo! Um traçado impecável, mas uma história que peca no aprofundamento de Hye, que merecia SIM ter um aproveitamento melhor, por ser um dos protagonistas.
O que acontece é que Hye tem sérios problemas familiares, traumas de abandono, rejeição, violência familiar e falta de aceitação. Temos essa confirmação só pelo fato de ele não saber lidar com a gravidez, tampouco com o amor de Dojin, que sim, às vezes impõe mais do que pede. Hye não consegue lidar com os seus traumas, a fuga é sempre melhor, assim como seus acessos de crise, sua maneira de querer dinheiro para suprir a carência. E isso foi mal abordado, já que para muitos, Hye ficou como um suposto mal agradecido enquanto o Dojin foi a vítima.
É uma obra cheia de falhas no enredo, no quesito construção de personagem, no entanto, é tão boa ao mesmo tempo, que não tira o seu brilho, e um leitor mais atento e maduro, conseguirá filtrar o que é certo e errado.