Batman: Veneno

Batman: Veneno




Resenhas - Batman: Veneno


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Laura.Lopes 14/07/2021

Adorei a Hq
Tive bastante receio de ler esta hq, por ser completamente diferente de coisas que ja li do Batman, mas no fim das contas, simplesmente amei ver o Batman viciado, foi genial explorar esse lado humano do personagem. Recomendo muito a leitura desta hq.
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Fabio.Chagas 11/07/2021

Uma das minhas HQs favoritas ?
Apesar de ser um dos heróis mais conhecidos do mundo, de integrar a maior equipe de super heróis do planeta, ao lado de superseres como Superman, Mulher Maravilha e Lanterna Verde, de possuir habilidades extraordinárias no campo das artes marciais e investigação forense, além de ostentar uma grande fortuna inteligência, o Batman é apenas um ser humano, e compartilha das mesmas fraquezas e limitações das pessoas normais. Muitos roteiristas preferem ignorar este pequeno "detalhe", retratando-o como um combatente do crime perfeito, invencível e incapaz de cometer erros, e se tem algum problema que ele não consegue resolver, algum dispositivo em seu famoso cinto de utilidades é capaz de dar conta. O aclamado roteirista Dennis O'Neil, contudo, decide ir na contramão desta tendência, expondo as fraquezas do Homem Morcego e confrontando-as de maneira genial com o senso de dever férreo que norteia todas as suas ações.

Veneno (no original Venom) é uma história em 5 edições publicada na lendária Legends of the Dark Knight (publicada aqui no Brasil pela Abril como Um Conto de Batman) em 1991. Nela, O'Neil coloca Batman diante de uma situação que nenhum ser humano normal seria capaz de resolver, e sua impotência frente a este desafio acaba provocando a morte de uma criança. Completamente abalado e culpando a si mesmo pela tragédia, Batman decide experimentar uma nova droga chamada Veneno, capaz de aumentar sua força a um nível sobre-humano, ao custo de uma forte dependência. Esta não foi a primeira vez que Dennis O'Neil usou a temática das drogas em uma HQ. Na década de 70 ele e o artista Neal Adams já haviam revolucionado a indústria dos quadrinhos com a excelente Lanterna Verde/Arqueiro Verde nº 85, na qual revelava que o parceiro do Arqueiro Verde, o Ricardito, era viciado em heroína. Desta vez ele traz o tema para as páginas de uma revista do Batman, mostrando uma fase da carreira do vigilante da qual ele não se orgulha nem um pouco. Dos fãs mais novos do Cruzado de Capa, poucos já leram esta história, pois, apesar de sua inegável qualidade, ela não figura entre as mais famosas do Morcegão, justamente por ir contra a ideia do super herói perfeito e infalível.

Ao longo das três primeiras edições vemos o Cavaleiro das Trevas atravessar o que eu chamo "ciclo do vício". Nos primeiros dias de uso do superesteroide, além da mudança em seu corpo - que fica mais bombado - vemos uma clara mudança no humor do Batman, que passa até a sorrir (o simples fato de ver o Batman rindo já demonstra que algo está fora do normal). No entanto, conforme o tempo vai passando, a droga começa a exercer uma influência nociva em seu comportamento, fazendo-o ficar mais  e mais violento e nublando seu raciocínio. A necessidade de consumir a substância também começa a distorcer seu senso de moral, de modo que, em alguns momentos, ele age quase como um criminoso. Para se ter uma ideia, há uma passagem em que, em troca de mais drogas, Batman é chantageado por seu fornecedor para matar o Comissário Gordon!

Por fim, e esta é a parte mais difícil e dolorosa, vem a fase do reconhecimento da dependência química, a decisão de parar de usar a droga, e a consequente crise de abstinência. Neste ponto é crucial a participação do mordomo Alfred, a figura mais próxima de um pai que Bruce possui, ilustrando a importância da família e dos amigos na recuperação do viciado. Não são raros os casos em que estes precisam tomar atitudes drásticas para impedir que o viciado caia na tentação de usar a droga, e não é diferente com Bruce Wayne: a forma que ele encontra para não usar a droga é extremamente dolorosa e traumática. Confesso que fiquei arrepiado com a cena em que ele emerge das trevas, com o cabelo e a barba enormes e desgrenhados, como se fosse um mendigo, após o período da abstinência. Esta, para mim, é a cena mias icônica desta HQ, e uma das mais chocantes de toda a história do Batman na nona arte.

Nas demais edições Batman, já livre da influência do Veneno, vai atrás dos responsáveis pela criação da droga, a fim de impedir que aconteça com outros o que aconteceu com ele. A partir daí o enredo se aproxima mais de uma história de aventura comum, com o herói seguindo o rastro dos traficantes pelo mundo, mas mantém o estilo mais sombrio e adulto que marca as aventuras do título Legends. As cenas de ação são muito bem montadas, com destaque para a sequência final, onde vemos Batman usar toda sua astúcia e sagacidade para escapar de uma armadilha semelhante à que provocou a morte da menininha. Para quem viu o filme Lego Batman, na edição nº4 é possível entender a piada sobre o tal "repelente para tubarões" que gera uma das cenas mais engraçadas do filme.

A arte desta HQ fica por conta da dupla Trevor von Eeden e Russel Braun. Seus desenhos são simples, porém competentes, sobriamente contidos dentro dos quadrinhos, dispensando o uso das splash pages, o que, diga-se de passagem, para mim não é nenhum defeito: é melhor uma arte mais contida do que um carnaval de técnicas mal empregadas. A arte das capas é assinada pelo eterno José Luis García-Lopez.

Antes de finalizar, gostaria de ressaltar uma curiosidade sobre esta HQ: ela foi a primeira do título Legends of the Dark Knights - concebida originalmente para mostrar os primeiros anos da carreira do Batman -, a ser referenciada nos títulos regulares do Cavaleiro das Trevas. A droga Veneno mostrada aqui é a mesma utilizada por Bane na megassaga A Queda do Morcego, bem como a ilha de Santa Prisca, que aparece aqui como o reduto dos traficantes, é a mesma onde o vilão nasceu e onde ele teve seu primeiro contato com a droga.

Então é isso, galera! Espero que tenham gostado desta resenha, e já deixo registrado aqui que postarei mais histórias da revista Um Conto de Batman, que para mim narram o melhor período do Homem Morcego, quando ele ainda combatia o crime como um vigilante mais sombrio e solitário, menos dependente de seus aparatos tecnológicos e de sua bat-família. Boa leitura!
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Ulisses 22/05/2021

Um ótimo quadrinho com uma história bem legal e fluida, além de uma arte linda do Garcia Lopes, as capas são sensacionais.
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leandrobuas 04/05/2021

Bem legal
Depois que o homem-morcego fracassa ao tentar salvar uma jovem, ele acaba se tornando viciado na perigosa substância conhecida como veneno, e sua vida inteira sai totalmente de controle. nesta nova edição de um clássico absoluto, a poderosa droga é introduzida ao universo dc por dennis o'neil e russell braun.
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Patrão Bruce 04/09/2020

Um clássico pouco comentado do morcego, história pesada abordando uso de drogas, mas tudo muito bem escrito!
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Rinaldo 10/03/2020

Batman
Batman enfrenta sua própria fraqueza e surge um inimigo mortal: as drogas.
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