Lois Lane: Inimiga do Povo

Lois Lane: Inimiga do Povo




Resenhas - Lois Lane (2019)


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Bia.Patuelli 22/08/2023

Foi a primeira HQ que li na vida, e não teria forma melhor de começar se não fosse por uma das minhas personagens favoritas da DC.
Sendo bem sincera, fiquei um pouco perdida em diversos momentos da história, principalmente pelos eventos se passarem após outra HQ que provavelmente dá um contexto maior a narrativa.
Gostei muito de como os relacionamentos da Lois foram explorados. Principalmente o relacionamento com o marido e o filho, sem contar com a personalidade forte da personagem que sempre a destaca.
Houveram alguns pontos negativos que me incomodaram em diversos momentos da história, mas o final foi satisfatório, sem pontas soltas.
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Rafa Malvezi 29/08/2022

Ótima premissa, porém com desenvolvimento confuso
A HQ se destaca por ser baseada no jornalismo investigativo e por, seguindo esse raciocínio, ter a verdade como centro da narrativa. A promessa de mistério e desdobramento da investigação empolga e a arte também ajuda a dar o tom sóbrio e sombrio da história, ambientando o leitor em um cenário instigante.

Mais do que isso, Lois Lane é uma personagem digna de protagonismo e foi retratada à altura nesta história, que acertou ao não deixá-la à sombra do Superman. O relacionamento dos dois é bem explorado, mas o homem de aço é apenas um personagem secundário, como deveria ser neste caso.

Aliás, os relacionamentos de Lois são um ponto forte do roteiro: podemos ver como ela lida principalmente com sua reputação, seu marido, seu pai, seu filho, seu editor no Planeta Diário, suas fontes, seus algozes, e com Renee Montoya, que é praticamente seu braço direito nesta história (o que reforça a ideia do protagonismo feminino deste quadrinho).

No entanto, a trama vai perdendo força e se torna confusa por conta de muitas referências externas de outras histórias do universo da DC (o que é ruim para o leitor casual, que não está a par do repertório); e por abandonar a investigação inicial, ligada à corrupção nas instâncias nacionais e internacionais de poder, mudando completamente o foco da história, em determinado ponto, para a teoria do multiverso e suas implicações.

É possível compreender a história, mas é inevitável se sentir perdido em diversos momentos, especialmente do meio para o fim - o que me pareceu uma mudança editorial forçada e desnecessária.

A leitura, entretanto, tem momentos brilhantes e vale a pena pelo protagonismo de Lois, pela exploração de seus relacionamentos com outros personagens, pela priorização de figuras femininas na história, pela abordagem da relação das pessoas com a verdade e com os fatos, pela menção crítica a problemas reais (como corrupção, sexismo, situação de imigrantes nos EUA, relação com a mídia, etc) e pelo roteiro assertivo em relação ao modo de fazer jornalismo, o que torna a trama interessante na primeira parte da HQ (antes de toda a confusão com as linhas do tempo e a fragmentação de personagens).

Vale mencionar também que, apesar da bagunça no enredo, o texto do desfecho é bem amarrado com a narrativa central sobre a verdade, o que dá a sensação de conclusão.
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