Cavaleiro da Lua

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Resenhas - Cavaleiro da Lua


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Fernando 30/07/2019

Quando o fundo do poço não é bastante
“Vingadores... eu fui um vingador. É difícil ser levado à sério nessa cidade se você nunca foi um dos vingadores.
Me mandaram para o time da costa oeste. O Gavião-Arqueiro achou engraçado eu em L.A. Ele achava muitas coisas engraçadas.
“Vamos entender uma coisa, Lunar. Você trabalha mais a noite e se veste de branco?” hahahahaha.
Pensou que isso fosse graça.
Mas eu disse a ele que não vestia branco para me esconder. Mas sim para me verem chegando. Então eles saberiam quem estava vindo. Pois quando eles veem o branco, não importa o quanto eu estou na mira, as mãos deles tremem tanto, que eles não conseguem acertar a lua. Mas eu nunca contei a ele a outra razão. Nunca contei para ele que um sacerdote não muda a cor das suas vestes a seu bel-prazer. Não. Ele as veste com orgulho. Orgulhosamente, a serviço do seu deus.
Algumas pessoas entendem isso”. (Marc Spector)

Primeiro Arco que dá início ao volume três da saga, essa primeira parte é um soco no estômago dos heróis que se dizem honrados. Aqui, vemos um Marc Spector em depressão profunda, amargurado, sozinho e com muita raiva.
Muita raiva mesmo!

“‘Você tem que fazê-los temer você’. Isso foi o que ele disse. Eu aprendi aquela lição. Eles temem. Eles me temem. Mais do que a um deus”. (Marc Spector)

O tom do enredo é sempre cinza e bucólico, o que é muito bom para revelar o quão no fundo do poço se encontra nosso ex-vigilante.
Recheado de cenas brutais e frases de efeito, sem dúvida é leitura obrigatória para todo fã de personagens violentos. Além do mais, há por trás de toda essa camada de tristeza e sangue, uma profunda reflexão de que nós, enquanto humanos, se não tomarmos os devidos cuidados, podemos ficar como Marc Spector ficou... Sozinho em um quarto escuro lembrando dos tempos em que éramos heróis de alguém...

“... quantas vezes você pode fazer a mesma coisa antes de você ficar descuidado?
Culpe a arrogância.
Culpe um histórico de truques defasados.
Culpe o passar dos anos.
Culpe ele.
Culpe o nosso ódio. O ódio nascido da matança. Matança nascida da amizade. Amizade nascida do reconhecimento. Reconhecimento da alma gêmea. Almas se odiando. Odiando do modo que você pode odiar apenas uma coisa. O reflexo no espelho.
Culpe tudo isso.
Ou culpe outra coisa.
Chame isso de destino.
Chame isso de interrupção.
Aquela coisa que você não consegue mais evitar.
É, culpe ele.
Culpe seu deus.
E pergunte, quanto mais ele deseja. Mais quantas batalhas? Quanto sangue até ser o bastante?” (Marc Spector)

“Todos nós somos apenas o que o passado nos torna”.

“No final, isso nunca é sobre o que você pensa. Nunca é sobre velocidade, ou agilidade, ou reflexos que fazem de você o melhor lutador de todos. No final, é tudo sobre o quanto você aguenta”. (Cavaleiro da Lua)
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